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Manifestações contra o feminicídio acontecem em vários estados

As mobilizações foram organizadas após uma sequência de crimes que tiveram repercussão nacional, incluindo assassinatos registrados em Brasília, São Paulo e Santa Catarina

7 dez 2025 - 20h48
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Manifestantes realizaram atos em diversas cidades do país, neste domingo (7), contra o aumento da incidência de feminicídio e de outras formas de violência contra a mulher. O movimento Levante Mulheres Vivas convocou manifestações em, no mínimo, 20 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Ato nacional pelo fim da violência contra as mulheres
Ato nacional pelo fim da violência contra as mulheres
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil / Perfil Brasil

A legislação brasileira define feminicídio como o homicídio de uma mulher cometido por razões da condição de ser mulher. Tais razões incluem violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação de gênero. A penalidade para este crime é a reclusão, com tempo de 20 a 40 anos.

O Brasil registrou mais de 1.000 ocorrências de feminicídio durante o ano de 2025. Especificamente no Distrito Federal, foram contabilizadas 26 mortes neste ano. O caso mais recente na capital federal ocorreu na sexta-feira (5), quando a cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos foi assassinada por um soldado em uma instalação militar.

As mobilizações foram organizadas após uma sequência de crimes que tiveram repercussão nacional, incluindo assassinatos registrados em Brasília, São Paulo e Santa Catarina. Na capital paulista, o evento reuniu 9,2 mil pessoas, segundo um levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a USP.

Em São Paulo, capital, milhares de pessoas se concentraram ao meio-dia em frente ao Masp, na Avenida Paulista. O grupo exibiu faixas e cartazes com a mensagem "Mulheres Vivas" e realizou uma caminhada pela região central. O protesto destacou referências a dois casos recentes: o assassinato da farmacêutica Daniele Guedes Antunes, de 38 anos, em Santo André, e a morte de Milena de Silva Lima, de 27 anos, em Diadema. Ambas foram atacadas por ex-companheiros.

A Polícia Militar e moradores informaram que Milena de Silva Lima foi atacada por seu ex-companheiro, João Victor de Lima Fernandes, de 30 anos. O casal estava separado havia dois meses e tinha um filho.

No Rio de Janeiro, centenas de pessoas se reuniram ao meio-dia em frente ao Posto 5, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicam que o estado do Rio registrou 79 casos de feminicídio e 242 tentativas até novembro de 2025. Os manifestantes exibiram cartazes e faixas contra a violência.

O protesto também mencionou um caso ocorrido na quarta-feira (3), quando uma mulher deu entrada em um hospital após ser esfaqueada em Irajá. A vítima, Aline Nascimento, relatou à polícia ter sido agredida pelo ex-companheiro, Emerson William Marcolan Lima. A vítima possui medida protetiva contra Emerson, que já responde por tentativa de feminicídio, após ter tentado arremessá-la de uma janela.

Em Brasília, o protesto ocorreu pela manhã, por volta das 10h, na Torre de TV. O ato reuniu dezenas de mulheres que exibiram cartazes e denunciaram a violência. Organizadores reforçaram orientações sobre medidas protetivas e canais de denúncia.

Em Florianópolis, a caminhada começou por volta das 13h na Ponte Hercílio Luz. O ato prestou homenagem à professora Catarina Kasten, de 31 anos, que foi assassinada no dia 21 de novembro. O autor do crime foi preso no mesmo dia e responde por feminicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.

Em Belo Horizonte, manifestantes se reuniram por volta das 11h na Praça Raul Soares. O grupo seguiu em caminhada até a Praça Sete e a Praça da Estação. O ato fez parte da mobilização nacional "Mulheres Vivas" e foi organizado para exigir justiça, denunciar a impunidade e cobrar políticas públicas.

Em João Pessoa, o ato ocorreu no Busto de Tamandaré. A Paraíba registrou 26 casos de feminicídio entre janeiro e outubro de 2025, superando o total do ano anterior, conforme dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Perfil Brasil
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