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Louis Vuitton transforma sobremesas em extensão de marca no natal

Disponíveis em locais selecionados, como o Le Café Louis Vuitton, as ofertas posicionam a marca na intersecção entre o segmento de luxo, a arte, a hospitalidade e a experiência sensorial

15 dez 2025 - 18h09
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A Maison Louis Vuitton lançou uma nova linha de sobremesas exclusivas para o Natal. A iniciativa transforma a confeitaria em uma plataforma de expressão cultural. As criações são desenvolvidas pelo chef pâtissier Maxime Frédéric, profissional reconhecido na alta confeitaria internacional. A coleção inclui peças como troncos de Natal, esculturas em chocolate e outras sobremesas conceituais. Tais itens buscam traduzir a identidade visual e o vocabulário estético da marca em formatos, texturas e sabores. Disponíveis em locais selecionados, como o Le Café Louis Vuitton, as ofertas posicionam a marca na intersecção entre o segmento de luxo, a arte, a hospitalidade e a experiência sensorial.

A marca tem demonstrado, ao longo do tempo, um desenvolvimento metódico de seu ecossistema cultural
A marca tem demonstrado, ao longo do tempo, um desenvolvimento metódico de seu ecossistema cultural
Foto: Reprodução/ internet / Perfil Brasil

Tamara Lorenzoni, estrategista internacional especializada em marcas de luxo, identificou neste movimento uma transformação estrutural do setor. Segundo a análise, a gastronomia se estabeleceu como um dos campos mais eficientes para o luxo, pois combina três atributos cruciais: cultura, experiência e memória. A entrada de uma marca como a Louis Vuitton neste domínio é percebida como um movimento de expansão do universo simbólico, que, segundo a especialista, fortalece o valor da marca em vez de diluí-lo.

A inserção da Louis Vuitton na área de alimentação e hospitalidade não constitui um evento isolado. A marca tem demonstrado, ao longo do tempo, um desenvolvimento metódico de seu ecossistema cultural. Esse planejamento liga domínios como moda, arte, design, arquitetura e hospitalidade. Projetos como o LV Dream, em Paris, e a integração de cafés em suas lojas principais (flagships) internacionais reforçam a visão de que, no luxo contemporâneo, a experiência é um elemento estratégico, e não apenas um acessório.

A escolha de Maxime Frédéric como parceiro segue uma lógica de coerência. Ele atua como um intérprete sensorial, encarregado de traduzir os códigos da Maison em criações com autoria. A estrategista Tamara Lorenzoni enfatiza que, no luxo, a autoria e a consistência são requisitos não negociáveis, e que o público reconhece o alinhamento efetivo entre o produto, a narrativa e a execução.

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O Natal atua como um amplificador desse posicionamento. É um período onde o ato de presentear transcende a mera transação, adquirindo significado de afeto, intenção e status simbólico. Ao elevar sobremesas ao patamar de objetos de desejo, a Louis Vuitton transforma o consumo em uma experiência compartilhável e memorável.

Do ponto de vista mercadológico, esta abordagem reflete uma alteração no comportamento do consumidor de alta renda. Há um redirecionamento de parte dos gastos do setor de bens materiais para experiências que carregam valor cultural. Conforme a análise da estrategista, o luxo atual é caracterizado menos pela posse e mais pelo acesso: acesso a narrativas, a repertório e a vivências que geram capital simbólico.

Ao aplicar o mesmo rigor estético presente em suas coleções de moda à gastronomia de luxo, a Louis Vuitton confirma uma compreensão atualizada do setor. Marcas líderes de mercado se dedicam à construção de universos que podem ser visitados e degustados. A sobremesa, nesse contexto, é um meio para a implementação de uma estratégia mais ampla.

Perfil Brasil
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