Justiça determina suspensão de perfis e proíbe Hytalo Santos de manter contato com adolescentes

Justiça proíbe Hytalo Santos de acessar redes sociais e de ter contato com menores de idade:

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) conseguiu na Justiça, nesta segunda-feira, 11, uma decisão que obriga o influenciador Hytalo Santos a ter todos os seus perfis nas redes sociais suspensos e a perder a monetização de conteúdos. A liminar também determina que ele seja afastado imediatamente dos adolescentes que vivem com ele e que não tenha qualquer contato com menores de idade. A defesa ainda pode recorrer.

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A ação foi apresentada pela promotora de Justiça de Bayeux, Ana Maria França. No mesmo dia, o MPPB, junto com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil, enviou uma recomendação à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep) para suspender, em até 48 horas, a autorização da empresa Fartura Premiações, divulgada no canal de Hytalo.

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Essa suspensão deve continuar até o fim do processo ou até que fique comprovado que as irregularidades pararam e que os direitos das crianças e adolescentes foram protegidos. Caso a Lotep não cumpra, o Ministério Público pode entrar com novas ações na Justiça, inclusive criminais.

Segundo o MPPB, a investigação aponta que Hytalo expunha adolescentes em vídeos com conotação sexual e os submetia a situações de "adultização" para ganhar dinheiro. As apurações começaram no fim do ano passado, depois que moradores do condomínio onde ele morava fizeram denúncias.

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"Em Bayeux, nós instauramos esse procedimento a partir de reclamações de moradores do condomínio onde vivia o influenciador, sobre conduta irregular dele com crianças e adolescentes, na produção de seus conteúdos, se estendendo até tarde e com barulho, muitas dessas filmagens envolvendo bebidas alcoólicas, além de cenas que tinham uma conotação sensual. Começamos a coletar provas, dados, documentos, porque o Ministério Público só age dentro dos ditames legais. Agora, a primeira fase do procedimento está concluída, com essa ação civil pública. E tivemos a colaboração também de entidades parceiras na investigação para que tivéssemos êxito na recomendação", explicou a promotora Ana Maria França.

O caso também é investigado pela promotoria de João Pessoa, que está ouvindo até os pais dos adolescentes para apurar se houve omissão na proteção dos jovens. Além disso, um inquérito policial foi aberto para investigar as condutas de Hytalo na área criminal. Quando a polícia terminar, o MPPB vai avaliar se há provas suficientes para apresentar denúncia formal contra ele.