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Juiz admite "equívoco" ao mandar soltar condenado que quebrou relógio em 8 de janeiro

24 jun 2025 - 13h27
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O juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, alvo de investigação por determinação do ministro Alexandre de Moraes, foi ouvido pela Polícia Federal na segunda-feira (23). Ele admitiu que "cometeu um equívoco" ao autorizar a soltura de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por destruir o relógio histórico do Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro. O magistrado atribuiu o erro a uma falha no sistema eletrônico da Vara de Execuções Penais (VEP) de Uberlândia. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.

Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI
Relógio de pêndulo do Século XVII, presente da Corte Francesa para Dom João VI
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Juiz atribui erro a falha no sistema eletrônico da vara

No depoimento, o juiz explicou que o sistema cadastrou o processo como se estivesse sob sua jurisdição. Por isso, ele entendeu estar autorizado a conceder o alvará de soltura sem tornozeleira eletrônica. "O magistrado classificou tal equívoco como lamentável e afirmou que o erro cadastral o levou a crer que estaria atuando em um processo de sua competência, caso contrário, jamais teria decidido."

Ele também negou qualquer intenção de desrespeitar o STF. "O magistrado reforça que nunca teve intenção de afrontar de usurpar a competência de quem quer que seja, de tribunal de justiça ou de tribunal superior. Reiterou, por fim, que respeita todas as instituições e que jamais teria decidido se soubesse que a competência não era sua".

A reportagem contatou a Polícia Federal por mais detalhes sobre a investigação e aguarda retorno.

Condições para a progressão

Na decisão que permitiu a saída de Antônio Cláudio, o juiz considerou que ele havia cumprido a fração da pena no regime semiaberto, era réu primário, apresentou boa conduta e não cometeu faltas graves. Ele também impôs medidas como permanecer em casa, em Uberlândia, em tempo integral; não sair sem autorização para trabalho externo; comparecer ao presídio ou à Vara de Execuções Penais sempre que chamado; fornecer material genético para o banco nacional; apresentar comprovante de endereço e manter dados atualizados; e não violar a tornozeleira eletrônica quando instalada.

Com a intervenção do STF, a PF prendeu novamente o mecânico na noite de sexta-feira (20), cumprindo novo mandado após três dias do benefício. Ele retornou ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, por volta das 22h. A defesa, até o momento, não foi localizada para comentar a nova prisão e o retrocesso ao regime fechado.

O relógio, oferecido pela Corte Francesa a Dom João VI e criado por Balthazar Martinot, relojoeiro do rei Luís XIV, foi danificado em 8 de janeiro de 2023. As câmeras capturaram o ato. Após restauração, realizada em parceria com o governo da Suíça, o objeto voltou ao acervo da Presidência da República.

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