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Hungria tem terceira noite de protestos contra lei trabalhista

15 dez 2018 - 09h11
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Pelo terceiro dia consecutivo, milhares de pessoas tomam as ruas da capital húngara para protestar contra lei que aumenta para 400 número de horas extras anuais. Houve confrontos entre polícia e manifestantes.Milhares de pessoas saíram às ruas de Budapeste pelo terceiro dia consecutivo, na noite desta sexta-feira (14/12), em protesto contra uma polêmica lei trabalhista e contra outras decisões políticas do governo nacionalista do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Houve confrontos entre a polícia e os cerca de 2 mil a 3 mil manifestantes, informou a agência de notícias AFP. Alguns dos participantes jogaram garrafas e bombas de fumaça em direção aos policiais, que, por sua vez, lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Apesar dos embates, os protestos dessa sexta-feira foram menos violentos que os da quarta e quinta-feira, quando 51 manifestantes foram presos e 14 policiais saíram feridos.

Ao som de palavras de ordem "Fora Orbán", "ditador", os manifestantes, em sua maioria jovens, voltaram às ruas da capital húngara, na sexta-feira, após uma concentração inicial na Praça Kossuth, em frente ao Parlamento.

"Cinicamente, o governo aumenta o número das horas extras, mas não os salários", denunciou Maria Hercegh, diretora da federação húngara de sindicatos, perante os milhares de manifestantes reunidos na praça.

A sindicalista referia-se à lei aprovada recentemente no Parlamento pelos deputados do partido Fidesz, de Orbán, que aumenta de 250 para 400 as possíveis horas extras anuais, o que alguns trabalhadores poderão ser forçados a cumprir, implicando seis dias de trabalho por semana. O texto permite ainda que os patrões atrasem o pagamento dessas horas extras até 36 meses após terem sido cumpridas.

Sindicatos e partidos da oposição convocaram uma nova manifestação contra a lei trabalhista para o próximo domingo, na Praça dos Heróis.

Os protestos também se dirigiram contra uma lei aprovada na quarta-feira pelo Parlamento para a criação de novos "tribunais administrativos". Estes devem ser supervisionados pelo ministro da Justiça, Laszlo Trocsanyi, um aliado próximo do primeiro-ministro Orbán. Os críticos alertam contra a influência política excessiva no sistema judicial.

CA/dpa/lusa/afp

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