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Homem achado morto no RS mandou áudio se despedindo da família

Carlos Wolfart se despediu da família, mandando um áudio para a esposa enquanto ela aguardava resgate, agarrado a uma árvore em meio ao alagamento

10 mai 2024 - 17h00
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Carlos Wolfart, natural de Itapiranga, Santa Catarina, estava no Rio Grande do Sul para ser padrinho de casamento do cunhado. Na ocasião, ele havia saído do sítio em que estava com a esposa e o filho para ver se o caminho até o local do casamento era viável, o que o fez ficar preso na enchente. Carlos estava agarrado a uma árvore em meio ao alagamento, conforme relatou sua irmã, Milena Wolfart, ao G1. Ele se despediu mandando um áudio para a esposa enquanto aguardava resgate, mas acabou sendo levado pela correnteza.

Homem achado morto no RS mandou áudio se despedindo da família
Homem achado morto no RS mandou áudio se despedindo da família
Foto: Reprodução / Corpo de Bombeiros / Perfil Brasil

Após oito dias desaparecido devido à enxurrada em Sinimbu, seu corpo foi encontrado na tarde de quarta-feira (8) na cidade gaúcha. Carlos, sua esposa e dois filhos ficaram ilhados após saírem do sítio onde estavam para verificar as condições da região. Ao se depararem com o caminho inundado, subiram em uma árvore antes de Carlos ser levado pela correnteza. Apesar dos esforços do noivo e de amigos com motos aquáticas, não foi possível resgatá-lo.

A esposa e os filhos foram resgatados de helicóptero, enquanto Carlos foi sepultado sem velório, como relatado pela irmã. Seu corpo está previsto para chegar à cidade na sexta-feira, com o enterro marcado para as 8h na Linha Dourado.

As últimas lembranças da família

O casamento, inicialmente previsto para 30 de abril, foi completamente deixado de lado enquanto a família e amigos buscavam desesperadamente por socorro. Carlos era descrito como alguém extremamente dedicado à família, especialmente aos filhos, sendo lembrado como um pai presente e carinhoso.

"Ele foi muito família, muito dos filhos. Ele era uma pessoa, assim, que tu podia contar para tudo. Tanto em família quanto em sociedade, em comunidade. Sempre que ele podia fazer, ele fazia, não media esforço para nada. Ele, como pai, era maravilhoso. Levava para cá e para lá, jogava bola, e andava de bicicleta, ele sempre foi um pai muito presente, muito atencioso, carinhoso", disse a irmã ao G1.

No Rio Grande do Sul, os estragos das fortes chuvas resultaram em 113 mortes e mais de 146 pessoas ainda estavam desaparecidas até essa sexta-feira (10).

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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