Guaíba revela segredo submerso: Banco de Areia existe desde os anos 60 e não interfere nas enchentes
O banco pode ter se ampliado levemente após o evento de 2024, mas o volume segue pequeno em relação à bacia do Guaíba.
Uma estrutura de banco de areia próximo à Ilha das Balseiras, visível no Guaíba, não é consequência das recentes cheias enfrentadas por Porto Alegre. Mapas militares produzidos entre 1961 e 1964 já apontavam sua existência, revelando um processo de acúmulo de sedimentos antigo na região.
Segundo Fernando Fan, pesquisador da UFRGS, essas formações são típicas em áreas de baixa velocidade de correnteza, como o delta do Jacuí. A comparação feita por ele com um carro parado num acostamento expressa a insignificância da influência do banco nas inundações da cidade.
O banco pode ter se ampliado levemente após o evento de 2024, mas o volume segue pequeno em relação à bacia do Guaíba. A dragagem ou remoção da areia é considerada desnecessária por especialistas e órgãos ambientais como a Fepam, já que não há impactos na navegação ou no controle de enchentes.
O foco atual do Estado está na execução do Plano Desassorear RS, dividido em dois eixos: o primeiro para pequenos cursos d'água em áreas urbanas e o segundo voltado a grandes rios, como o Taquari, onde já iniciaram os estudos para intervenções efetivas.
Com a informação GovRS.