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EUA impõem mais sanções contra a Coreia do Norte e visam empresas e navios

23 fev 2018 - 15h32
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que seu país está adotando o maior pacote de sanções da história contra a Coreia do Norte, aumentando a pressão para o país recluso abdicar de seus programas nuclear e de mísseis.

Trump faz discurso em Maryland
 23/2/2018  REUTERS/Kevin Lamarque
Trump faz discurso em Maryland 23/2/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Ao abordar o maior desafio de segurança nacional do governo Trump, o Tesouro dos EUA sancionou uma pessoa, 27 empresas e 28 navios, de acordo com um comunicado publicado no site do Departamento do Tesouro.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro anunciou as medidas, que foram concebidas para impactar as empresas de remessas e comércio norte-coreanas e isolar Pyongyang ainda mais.

Os navios estão localizados, registrados ou navegam com bandeira da Coreia do Norte, China, Singapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzânia, Panamá e Comores.

Washington "também emitiu um boletim alertando o público para o risco significativo de sanções para aqueles que continuarem a permitir as remessas de bens de e para a Coreia do Norte".

"Nós impusemos hoje as sanções mais pesadas já impostas a um país", disse Trump em um discurso nesta sexta-feira a um grupo de ativistas conservadores.

Os programas nuclear e de mísseis de Pyongyang almejam desenvolver um míssil com ogiva nuclear capaz de atingir o território continental dos EUA.

Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, vêm trocando provocações através da mídia, e em agosto o norte-americano ameaçou ir além das sanções e provocar "fogo e fúria como o mundo nunca viu".

Sanções mais rigorosas podem pôr em risco a reaproximação mais recente entre as duas Coreias, ilustrada pela participação norte-coreana na Olimpíada de Inverno em curso na Coreia do Sul, em meio a preparativos para conversas sobre uma possível cúpula entre Kim Jong Um e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, havia insinuado tal plano uma quinzena atrás, durante uma parada em Tóquio que antecedeu sua visita à Coreia do Sul para os Jogos de Pyeongchang.

No ano passado a Coreia do Norte realizou dezenas de lançamentos de mísseis e seu maior teste nuclear, desafiando sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) - mas mais de dois meses já se passaram desde seu último teste de míssil, realizado em novembro.

O regime defende seu programa de armas argumentando que ele é essencial para coibir uma agressão dos EUA.

    Kim disse querer fortalecer o "clima acolhedor de reconciliação e diálogo" com a Coreia do Sul, que abriga 28.500 soldados norte-americanos, depois que uma delegação de alto nível, que incluiu sua irmã, voltou da Olimpíada.

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