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Resumo das Eleições 2018: primeira pesquisa Ibope após início da campanha

Bolsonaro lidera sem Lula, procurador eleitoral diz que ex-presidente é inelegível, Haddad acredita em segundo turno com PSDB e Alckmin defende fim do voto obrigatório; veja destaques desta segunda-feira

20 ago 2018 - 20h15
(atualizado em 23/8/2018 às 17h39)
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De segunda a sexta, o Estado publicará resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.

Confira abaixo os destaques desta segunda-feira, 20:

Ibope: Sem Lula, Bolsonaro tem 20%

No cenário sem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) lidera, com 20% das intenções de voto, pesquisa Ibope/ Estado/ TV Globo divulgada nesta segunda-feira, 20. Marina Silva (Rede), com 12%, está na segunda colocação e Ciro Gomes (PDT), com 9%, em terceiro.

Registrado como vice de Lula e nome mais cotado para assumir a candidatura petista com o impedimento do ex-presidente pela Lei da Ficha Limpa, Fernando Haddad (PT) alcançou 4% das intenções de voto e ficou atrás de Geraldo Alckmin (PSDB), que registrou 7%.

No cenário com Lula, o ex-presidente lidera o levantamento com 37% e Bolsonaro fica em segundo lugar, com 18%. Esta é a primeira pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial após o início oficial da campanha eleitoral.

Lula está inelegível, diz procurador eleitoral

O vice-procurador-geral eleitoral Humberto Jacques sustentou ao Tribunal Superior Eleitoral, que o ex-presidente Lula "está inelegível". Em documento enviado à Corte, ele reiterou que o pedido do PT para que o ex-presidente concorra nas eleições 2018 seja rejeitado. A candidatura de Lula já é alvo de dez contestações.

Haddad acredita em segundo turno com Alckmin

Fernando Haddad disse acreditar em um segundo turno entre PT e PSDB na disputa pela Presidência da República nas eleições 2018. O ex-prefeito de São Paulo ponderou que o desempenho dos tucanos depende de uma estratégia para desvencilhar a imagem de Geraldo Alckmin do governo de Michel Temer.

"O Alckmin tem duas dificuldades. Uma é a existência do Bolsonaro, e outra é essa bola de ferro no pé do governo Temer", disse Haddad. A entrevista foi concedida ao programa Canal Livre, da Band, e transmitida no início da madrugada desta segunda, 20.

Alckmin contra o voto obrigatório

Em entrevista à TV Record, Geraldo Alckmin defendeu o fim do voto obrigatório. "É preciso mudar o modelo político. Eu defendo o voto facultativo. O voto é um direito das pessoas, não deve ser obrigatório", disse.

Tucano no Pará

O presidenciável tucano Geraldo Alckmin grava vídeo com drone em Santarém (PA)
O presidenciável tucano Geraldo Alckmin grava vídeo com drone em Santarém (PA)
Foto: CIETE SILVERIO/DIVULGAÇÃO / Estadão

Em campanha eleitoral para tentar decolar nas pesquisas, o candidato tucano voou ao Norte do País neste final de semana. Poucas horas depois do debate presidencial na RedeTV!, Geraldo Alckmin partiu de São Paulo com destino à Itaituba, no interior do Pará. Por lá, o ex-governador gravou vídeo em um trecho da Transamazônica e visitou também Santarém e a aldeia de Alter do Chão. Nas margens do Rio Tapajós, tomou cerveja em copo de plástico e tirou os sapatos para colocar os pés na água.

A reportagem do Estado, a convite, acompanhou a viagem. para saber mais.

Alckmin pode perder tempo de TV

Geraldo Alckmin confia no tempo que terá durante o horário eleitoral da TV para aumentar suas intenções de voto, mas o MDB quer atrapalhar os planos do tucano. Na sexta-feira, 17, a campanha do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a invalidação do apoio de DEM, PP, PRB, PR, PTB e Solidariedade ao candidato do PSDB.

Se o pedido for atendido pela Justiça Eleitoral, Alckmin pode perder até 36% do tempo de propaganda eleitoral gratuita no Rádio e na TV. Atualmente, o tucano tem direito a quase metade (48%) do horário eleitoral. Para o ex-governador, a ação do MDB é uma tentativa de "tapetão".

Ana Amélia quer tom mais popular

A senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice de Alckmin, sugeriu que o tucano poderia ter conseguido maior destaque no debate da RedeTV! se tivesse adotado um tom mais coloquial. Ela usou o exemplo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), uma das propostas que Alckmin citou durante o encontro. "Falar de IVA é falar grego, até para quem é de classe média ou classe média alta", afirmou.

A senadora elogiou o desempenho de Marina Silva e disse que a maneira como a adversária atacou o candidato Jair Bolsonaro (PSL), em relação à diferença salarial entre homens e mulheres, foi o ponto alto do debate.

"Na política, é preciso ter senso de oportunidade. A eficácia de dizer algo tem resultado melhor se for feito na hora certa. E ela fez com uma argumentação irrefutável, preciosa, indiscutível. Ela foi na lei e foi na bíblia", afirmou Ana Amélia.

Marina Silva: "subestimam as mulheres"

Após o debate na RedeTV!, Marina Silva não citou o nome de Jair Bolsonaro, mas disse que "há aqueles que subestimam as mulheres". "Foi ele que me escolheu fazendo pergunta, porque geralmente existem aqueles que gostam de subestimar as mulheres", disse a ex-senadora.

Depois da repercussão positiva do confronto, a candidata da Rede nas eleições 2018 iniciou a semana investindo no eleitorado feminino em postagens nas redes sociais.

Bolsonaro tenta minimizar danos

Jair Bolsonaro, por outro lado, minimizou o embate com Marina e negou ter sido grosseiro com a adversária. "Ela gritou comigo, me interrompeu, e eu a tratei com a maior cordialidade possível", disse o deputado em cerimônia de formatura de cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em Resende (RJ).

Para Bolsonaro, existe uma tentativa de associar sua figura como um candidato que é contra o direito das mulheres. "Estão tentando me jogar contra as mulheres, contra os negros, contra os gays. É essa tentativa o tempo todo de me rotular. Eu defendo a mulher para valer", disse.

Bolsonaro quer Brasil fora da ONU

"Sim, saio fora, não serve pra nada a ONU. É um local de reunião de comunistas e gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul pelo menos", disse o deputado após ser questionado sobre a recomendação do Conselho de Direitos Humanos da ONU para que o País garanta ao ex-presidente Lula o direito de disputar a eleição presidencial.

Mulheres de fora dos programas

Quem já ficou praticamente de fora dos programas presidenciáveis foram as mulheres. Apesar de concorrerem como vice-presidente em quatro chapas, e em como cabeça de chapa em duas, elas não ganharam o mesmo espaço nos documentos registrados na Justiça Eleitoral pelas campanhas. De acordo com matéria do Estado, os programas de Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles e Jair Bolsonaro dedicam poucas ou nenhuma linha para o público feminino. Leia aqui a reportagem.

Estadão
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