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Gleisi diz que Alckmin será coordenador de transição e que Bolsonaro deu aval para processo

Presidente do PT fez anúncio após uma reunião de lideranças e aliados com Lula, que venceu as eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro

1 nov 2022 - 14h17
(atualizado às 14h56)
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Geraldo Alckmin (PSB)
Geraldo Alckmin (PSB)
Foto: Estadão / Estadão

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta terça-feira, 1º, que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será coordenador da equipe de transição para o governo Lula, que assume o poder no dia 1º de janeiro de 2023.

O anúncio ocorre após uma reunião de lideranças e aliados com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro (PL) no domingo, 30.

A presidente do PT e o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) também vão ajudar na coordenação da equipe de transição.

Cenário de transição

Gleisi Hoffmann afirmou ainda nesta terça-feira, 1º, que ouviu do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), que o presidente Jair Bolsonaro já deu aval para o início do processo de transição entre governos.

Serão disponibilizados 50 cargos em comissão para a equipe, e um cargo de coordenador - que será ocupado por Alckmkin, além de R$ 3,5 milhões.

Gleisi Hoffmann conversou com Ciro Nogueira por telefone na segunda-feira, 31, para iniciar as tratativas da transição de governo, apesar de Bolsonaro ainda não ter se pronunciou sobre a derrota, tampouco ter ligado para Lula --como é tradicionalmente esperado. A previsão é de que ele se manifeste hoje.

Os dois vices, o atual e o eleito, já se falaram. O general Hamilton Mourão (Republicanos), que foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul, conversou com Geraldo Alckmin e ofereceu ajuda na passagem da gestão.

Os contatos reforçaram a avaliação da equipe de Lula de que é possível ter um cenário de transição pacífica. A aposta da cúpula petista é de que Bolsonaro vai reconhecer a derrota. Emissários foram escalados para fazer as pontes com os aliados de Bolsonaro no Congresso e no governo com esse intuito.

A presidente do PT também afirmou que vai procurar aliados de Bolsonaro. "Tem representantes dos partidos políticos que apoiaram Bolsonaro. Vamos entrar em contato com eles. Temos responsabilidade com o País e vamos querer que a coisa seja o mais tranquila e razoável possível", acrescentou Gleisi, destacando a necessidade de conversar não apenas com o Congresso eleito, mas com o atual.

Ainda nesta terça-feira, o presidente eleito viajará para a Bahia com a mulher, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. Lula vai descansar por dois dias em uma praia no norte de Salvador. Na sexta-feira, ele deve realizar um ato político na capital baiana, para agradecer os votos dos eleitores do Estado. Lula recebeu 72% dos votos dos eleitores da Bahia.

TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU), sob presidência do ministro Bruno Dantas, decidiu supervisionar o processo de transição do governo federal em duas frentes. Uma delas se dará a partir da criação de um comitê de ministros da Corte que fará uma supervisão dos aspectos administrativos, operacionais, financeiros e orçamentários referentes à transição.

A Corte tem competência para monitorar, como a lei obriga, a estrutura montada pelo governo ao vencedor com recursos do orçamento da própria Presidência para viabilizar a transição. O TCU, assim, vai abrir um processo de acompanhamento da transição, que será relatado pelo ministro Antonio Anastasia.

* Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Reuters

Fonte: Redação Terra
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