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Após facada, proteção a candidatos aumentou 60%

Efetivo de policiais que acompanham os presidenciáveis foi reforçado após o ataque sofrido por Jair Bolsonaro no início de setembro

3 out 2018 - 05h11
(atualizado às 07h33)
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O atentado sofrido em Juiz de Fora (MG) pelo candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, no dia 6 de setembro, disparou sinais de alerta em todos os computadores dos analistas de segurança da discreta Abin, a Agência Brasileira de Informações. O serviço realiza o monitoramento das redes sociais e um mapeamento das probabilidades de eventuais confrontos entre grupos de apoiadores de Bolsonaro, que lidera as intenções voto nas eleições 2018, e os correligionários de seu adversário direto, Fernando Haddad, do PT.

Essas informações sustentam um amplo esquema de segurança, envolvendo recursos de cada um dos Estados com maior taxa de risco sob supervisão da Justiça Eleitoral regional. O Ministério da Defesa e a Policia Federal também recebem os dados, mas atuam em outro viés. A Abin mantém um quadro com a movimentação de cada um dos candidatos mais bem posicionados nas pesquisas e realiza uma espécie de sensoriamento das comunicações eletrônicas em rede.

Candidato do PSL à P{residência, Jair Bolsonaro, após ser esfaqueado durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG)
06/09/2018 REUTERS/Raysa Campos Leite
Candidato do PSL à P{residência, Jair Bolsonaro, após ser esfaqueado durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG) 06/09/2018 REUTERS/Raysa Campos Leite
Foto: Raysa Campos Leite / Reuters

De acordo com um agente envolvido no processo, "o tom abrasivo em alguns casos implica um certo aprofundamento desse acompanhamento". Na prática, isso significa que eventuais ameaças, embora mantidas em sigilo, são investigadas.

A PF mantém uma equipe de 24 oficiais e um delegado em redor de Bolsonaro, Haddad, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede) - no total, são cerca de 150 policiais treinados para dar proteção a autoridades. São peritos em tiro de precisão, artes marciais, direção defensiva e análise de situação.

O número cresceu em 60% desde o ataque a faca contra Jair Bolsonaro, no início do mês. Segundo uma determinação do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o efetivo pode aumentar nos próximos dias.

Bolsonaro foi atacado na barriga por Adelio Bispo de Oliveira quando fazia uma caminhada pelas ruas de Juiz de Fora, em Minas. Ele teve que passar por duas cirurgias e hoje se recupera em casa, no Rio. O agressor foi preso em flagrante.

Eleições

As Forças Armadas vão trabalhar em 497 municípios, vilas e distritos em todo o País durante o processo eleitoral. O efetivo envolvido é de 28 mil militares - podendo chegar a 32 mil. Uma frota estimada em 60 aviões, helicópteros, lanchas e caminhões será empregada nas eleições.

As ações de Garantia do Voto e Apuração (GVA) serão executadas no Acre (11 locais), Amazonas (26), Ceará (5), Maranhão (72), Mato Grosso (19), Mato Grosso do Sul (4), Pará (60), Piauí (122), Rio de Janeiro (69), Rio Grande do Norte (97) e Tocantins (12).

Em cinco Estados haverá também apoio logístico para entrega das urnas. Em São Paulo, o Comando Militar do Sudeste vai manter em alerta uma companhia de intervenção rápida e o grupo especializado em Garantia da Lei e da Ordem (GLO) da Brigada de Infantaria Leve, de Campinas. A missão prioritária da tropa é "garantir a normalidade e as condições para que a população possa chegar com tranquilidade aos locais de votação", de acordo com o comandante Walter Marinho, do Ministério da Defesa.

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