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'Não temos essa capacidade de levar milhares às ruas', diz Major Olímpio

Candidato ao Senado pelo PSL afirma que aliados continuarão a campanha pelo presidenciável, a quem foi visitar após cirurgia de emergência; ele segue na UTI do Hospital Albert Einstein

13 set 2018 - 12h08
(atualizado às 18h35)
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O deputado Major Olímpio (PSL), aliado de Jair Bolsonaro, deixou nesta quinta-feira, 13, o Hospital Albert Einstein, onde o candidato à Presidência encontra-se internado após o atentado a faca na quinta-feira, 6. Olímpio disse que ficou aliviado com o boletim médico divulgado na manhã desta quinta pelo hospital sobre as condições do presidenciável após a cirurgia de emergência realizada na noite de quarta-feira, 12, mas não deu pistas sobre o tempo de recuperação do paciente.

"O doutor Macedo (Antonio Luiz Macedo, cirurgião da equipe) não faz prognóstico em relação a isso. O que vai ditar o que fará Bolsonaro é a orientação médica e não o calendário eleitoral", assegurou.

Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein. 
Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein.
Foto: Flavio Bolsonaro/Twitter / Estadão

O candidato do PSL ao Senado por São Paulo, no entanto, admitiu que o quadro de Bolsonaro é grave diante das lesões e que a campanha continuará a ser tocada pelos familiares e integrantes do PSL e do PRTB. "Nós estamos fazendo a campanha. Logicamente nem eu nem o general Mourão, nem o Eduardo Bolsonaro temos essa capacidade de levar milhares de pessoas as ruas, como é a característica e a força do Jair Bolsonaro. Mas vamos levar essa mensagem em relação à vitória no primeiro turno", disse. "Temos isso como meta. A gente sente o sentimento das ruas. Muitos dos indecisos dizem que, se queriam tirar ele da campanha desta forma, é porque ele deve ser efetivo para o País". À Coluna do Estadão, aliados do presidenciável já admitem a hipótese de ele não participar das atividades da campanha nem no segundo turno.

Ainda de acordo com Major Olímpio, aliados de Bolsonaro estão tentando casar as agendas para transmitir uma imagem de coesão na campanha. "Tanto que os convites ao general Mourão (vice de Bolsonaro) são feitos na mesma intensidade", salientou.

Novo boletim médico divulgado pelo hospital nesta manhã informou que o candidato "evoluiu bem" após a cirurgia, feita na noite de quarta-feira, 12. Além disso, segundo os médicos, "constatou-se um extravasamento de secreção entérica (secreção intestinal). A limpeza abdominal foi realizada como feito rotineiramente. O procedimento teve duração de duas horas."

Segundo a Coluna do Estadão, aliados de Bolsonaro já admitem que as complicações médicas devem alongar o tempo de recuperação e podem tirá-lo inclusive das atividades de um eventual segundo turno.

Após a cirurgia, Bolsonaro teria acordado por volta das 4h30 da manhã e permanece na UTI, acompanhado apenas da esposa e do seu filho Carlos, vereador pelo Rio.

Estadão
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