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Major Olímpio apoia candidato que vai concorrer contra seu partido em Campinas

Senador critica atuação do deputado Eduardo Bolsonaro como presidente estadual do PSL; ele foi afastado após apoiar o Aliança pelo Brasil

13 set 2020 - 21h48
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Em um dia de convenções em Campinas, neste domingo, 13, partidos buscaram o prestígio de líderes políticos para esquentar o clima da disputa a prefeito. O PL recebeu o apoio pessoal do senador Major Olímpio (PSL) à candidatura do deputado estadual Rafa Zimbaldi, enquanto em outro evento, o PSL local se colocava ao lado da chapa do ex-secretário de Esportes Dário Saadi (Republicanos).

Candidato Rafa Zimbaldi em mesa com autoridades, entre eles Major Olímpio vestido com uma camisa da seleção brasileira. 
Candidato Rafa Zimbaldi em mesa com autoridades, entre eles Major Olímpio vestido com uma camisa da seleção brasileira.
Foto: Celso Congilio/PL/Divulgação / Estadão

Zimbaldi tem aliança com SD, PROS, Podemos, PP, PSC e Avante. Não há definição de vice. Ele defendeu cortes de cargos e contratos, e prioridade à Saúde. "Vamos cortar R$ 100 milhões nos cem primeiros dias." Na reunião, Olímpio voltou a insinuar que o PSL local fez um acordo por cargos com a chapa de Saadi, apoiada pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que não pode mais se reeleger. A executiva estadual do PSL tenta reverter a posição na Justiça.

O vice de Saadi é o ex-secretário de Relações Institucionais Wanderley Almeida (PSB). A aliança tem ainda MDB, DEM e um PSL rachado, que nega a acusação de Olímpio. Dário também rebate o senador. "É caciquismo de quinta categoria, nefasto, da direção estadual interferir no município." Na convenção, prestigiada pelo prefeito, ele disse que a cidade teve avanços, mas precisa de ações na saúde e emprego. "Temos de reforçar o quadro de médicos."

Dário Saadi é aplaudido pelo prefeito Jonas Donizette. 
Dário Saadi é aplaudido pelo prefeito Jonas Donizette.
Foto: Gustavo Magnusson/Republicanos/Divulgação / Estadão

Após participar da convenção do PL, Olímpio disse que a crise do PSL aberta com um grupo de deputados federais prejudicou a estrutura do partido para as eleições municipais no estado de São Paulo.

Segundo ele, em certo momento a legenda virou "terra arrasada". Ele repetiu que o grupo parlamentar tentou enfraquecer a estrutura, quando Eduardo Bolsonaro foi presidente estadual, para formar outro partido - o Aliança pelo Brasil. "Foram caçando a vigência de todas as executivas municipais, não colocando nada no lugar e já montando outro partido. Coisa mais horrível do mundo. Então, agora nós viemos reconstruindo o PSL em um espaço muito curto."

"Nossa esperança é fazer de 30 a 50 prefeituras, mas de estrutura partidária, só conseguimos viabilizar o partido em 420 municípios dos 645 (do estado)", completou o senador. Eduardo Bolsonaro e mais 17 deputados foram suspensos das atividades partidárias pelo PSL, em uma queda de braço interna após o presidente Jair Bolsonaro deixar o partido.

PT oficializa Tourinho

O PT oficializou o vereador Pedro Tourinho com exibição de vídeos do ex-presidente Lula e do segundo colocado na disputa presidencial de 2018, Fernando Haddad.

Tourinho terá como vice a operária Edilene Santana (PSOL). Ele recebeu apoio por videoconferência da presidente do PT Gleisi Hoffmann, e mensagens de vídeo de Lula e Haddad. A tônica da campanha será o legado social do PT. "Já mostramos que é possível governar para todas e todos. O outro lado representa um projeto antipovo", disse Tourinho.

Candidato do PT Pedro Tourinho com a vice Edilene Santana. 
Candidato do PT Pedro Tourinho com a vice Edilene Santana.
Foto: Kamá Ribeiro/PT/Divulgação / Estadão

Também neste domingo, o PMN indicou o professor Ahmed Tarique a prefeito e Aristides Ferreira a vice. O partido não fez alianças e defende o "estruturalismo social". "Campinas precisa ser forte neste momento de retomada."

Estadão
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