PUBLICIDADE

Jaques Wagner diz que debate “tem pouco poder de mudar voto”

Governador da Bahia, presente ao último debate entre presidenciáveis, afirmou que espera convite para ser ministro caso Dilma vença o pleito de domingo

25 out 2014 - 07h47
(atualizado às 07h48)
Compartilhar
Exibir comentários
Jaques Wagner (PT) disse que espera o convite de Dilma Rousseff, caso reeleita, para assumir um ministério
Jaques Wagner (PT) disse que espera o convite de Dilma Rousseff, caso reeleita, para assumir um ministério
Foto: André Naddeo / Especial para Terra

O governador da Bahia Jaques Wagner (PT), um dos braços direitos da candidata à reeleição para a presidência da República, Dilma Rousseff, acredita que o último debate entre os presidenciáveis deste segundo turno, “tem pouco poder de mudar voto”. Wagner afirmou no intervalo entre o segundo e o terceiro bloco do programa, no estúdio da TV Globo, no Rio de Janeiro, que as pautas entre os candidatos se tornaram repetitivas.

“Acaba virando as mesmas perguntas, com os mesmos temas. Talvez porque tenhamos um segundo turno muito curto, e em poucos dias tivemos quatro debates. Tivemos uma superexposição. Uma série de perguntas tivemos no mesmo debate”, disse o governador baiano.

“A novidade aqui é a questão da pergunta dos indecisos. Estava falando com o senador (tucano José) Serra agora que em 2010 era só pergunta de indecisos. Acrescenta, claro, as perguntas deles são as mais inovadoras, pois ele pergunta o que sente no dia a dia dele”, disse ainda. “É muito mais interessante a pergunta deles, do que entre eles”.

Sobre o tema recorrente desde que chegou às bancas, a capa da revista “Veja”, abordando que o ex-presidente Lula e a própria Dilma Rousseff sabiam de todo o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, dentro dos desdobramentos da operação Lava Jato da Polícia Federal, Wagner disse que isso “foi muito mais um material de propaganda eleitoral do que de publicação”. E completou: “as pessoas sabem que têm corrupção e em todos os partidos têm santos e diabos”.

Ao citar que o PT deveria, sim, ter feito uma reforma política ao longo de seus 12 anos de governo, o governador da Bahia falou ainda sobre a divisão entre os brasileiros de uma forma geral acerca do cenário atual às vésperas das eleições. E citou um episódio em que, comemorando um aniversário num restaurante de São Paulo, sofreu o que chamou de um episódio de “antipetismo”.

“Nunca tinha visto aquilo. A democracia é espaço do contraditório se respeitando. Não conheço o cara, estou jantando com a minha família, comemorando aniversário, estou saindo, e nem sei quem é, e o cara fala para eu ir embora. Ele falou de novo: ‘vai embora daqui’. Aí eu fui obrigado a dizer ‘controle a sua bebida, ou o seu preconceito’. Ninguém é dado o direito de afrontar o outro”, explicou. Dentro de sua projeção, por fim, Wagner acredita numa vitória de Dilma "de 55% contra 45%".

Esperando convite

Jaques Wagner comentou ainda sobre a possibilidade de assumir algum ministério do novo governo do PT, caso Dilma Rousseff seja reeleita no domingo. Sem se candidatar a qualquer cargo, “mesmo a Dilma tendo dito que eu deveria ter me lançado para senador para ajudá-la”, ela diz que aguarda uma conversa com a candidata à reeleição para a próxima segunda-feira.

“Eu não faço escolhas, pois isso depende dela”, disse sobre se teria alguma ministério que teria mais predileção ou capacidade de assumir. “A gente nunca conversou. Se ela me convidar, teria o maior orgulho de aceitar. A gente vai para a festa, não se convida”.

Sobre a possibilidade cogitada em alguns veículos de imprensa de que poderia ser o substituto de Guido Mantega na Fazenda, Jaques Wagner chamou o episódio de “algo ridículo”. “Eu não tenho hábito de botar o meu pé naquilo que eu não domino”, reafirmou antes de finalizar. “Tem que ser obrigatoriamente um profundo conhecedor de todo o sistema de mercado. Eu declinaria”.

Após o primeiro turno das eleições ocorrido no domingo, 5 de outubro, ficou definido que a disputa para a Presidência da República terá segundo turno entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) que acontece neste domingo.

No primeiro turno, Dilma obteve 41,59% dos votos, ficando à frente de Aécio, que termina o primeiro turno com 33,55%. 

Nas disputas aos governos, 13 Estados e o DF enfrentarão segundo turno. Outras 13 unidades da federação escolheram seus governadores no primeiro turno.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade