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Campos diz que há “campanha terrorista” sobre Bolsa Família

15 jul 2014 - 14h18
(atualizado às 19h00)
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Eduardo Campos falou sobre seus planos de governo em sabatina com jornalistas
Eduardo Campos falou sobre seus planos de governo em sabatina com jornalistas
Foto: Alan Morici / Terra

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira que está em curso uma “campanha terrorista” de que, se eleitos, tanto ele como o candidato do PSB ao Planalto, Aécio Neves, irão acabar com o Bolsa Família, programa do governo federal lançado em 2003, durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Isso é algo absolutamente nefasto, não se faz”, disse Campos durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, SBT e Jovem Pan.

A declaração do candidato, que é ex-governador de Pernambuco, foi feita em meio a resposta que deu para tentar explicar seu mau desempenho no Nordeste - pesquisa mais recente feita pelo Datafolha aponta que Campos tem 11% das intenções de voto da região, pouco acima dos 9% que tem em todo o País.

“A campanha começou no domingo passado. As pessoas vão tomar conhecimento de que eu sou candidato. Até no interior de Pernambuco tem lugar onde as pessoas não sabem que eu sou candidato”, disse Campos. “Posso dizer que, quando chegar ao final de agosto, a realidade no Nordeste será absolutamente diferente. Acredito que vou ganhar a eleição no Nordeste e que isso será muito importante para ganhar a eleição no Brasil”, continuou.

Embora tenha falado em “campanha terrorista” sem citar diretamente o governo, Campos fez críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição. “Ela vai ficar conhecida como a presidente que entregará, pela primeira vez no ciclo democrático, o País pior do que pegou”, afirmou. “Acho que o Brasil torceu muito para que a Dilma desse certo, mas ela jogou fora essa oportunidade, não teve capacidade politica”, completou.

Questionado sobre se é a favor ou contra a reeleição de presidentes, o candidato do PSB disse que, mesmo que seja eleito em outubro não pensa em outro mandato. “Sou a favor do fim da reeleição. Meu partido já falou isso há mais de cinco anos, dentro das propostas de reforma politica, com mandato de cinco anos sem reeleição. É possível fazer política de outro jeito, sem pensar em reeleição”, declarou.

Passe livre

Campos também disse que vai defender passe livre para estudantes. O candidato admitiu que a medida ainda está sendo estudada e que não há uma proposta clara de como colocá-la em prática, mas justificou a falta de planejamento com o argumento de que a informação foi vazada pela imprensa antes da hora.

“Essa é uma questão das prefeituras e dos Estados, mas nós teremos a solidariedade das prefeituras e dos governos para a implantação do passe livre. O detalhamento disso estará no programa de governo”, disse Campos após a sabatina.

“Já temos a decisão política de adotar o passe livre, e nossos técnicos estão estudando como isso vai acontecer”, completou a vice na chapa de Campo, Marina Silva. A reivindicação de passe livre no transporte público foi o estopim dos protestos de junho de 2013.

Copa do Mundo

Sobre a realização do Copa do Mundo no Brasil, Eduardo Campos foi questionado sobre as declarações da presidente Dilma de que aqueles que não acreditavam na capacidade do País em sediar o mundial haviam sido “derrotados”. Em sua resposta, Campos evitou elogiar ou criticar a Copa, mas fez uma crítica indireta ao adversário tucano.

“Eu sou o único candidato que vai manter a mesma posição antes e depois da Copa”, disse. “Teve gente que mudou ao sabor da maré”, continuou, fazendo referência às declarações de Aécio Neves, que primeiro acusou o governo de fazer uso político da Copa e, depois, disse que Dilma pagará pela eliminação da Seleção Brasileira na semifinal.

Campos ainda disse ser contra qualquer intervenção estatal no futebol, mas defendeu que a discussão acerca de reformas administrativas no esporte e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seja feita após a campanha eleitoral. “Acho que o Brasil precisa, sim, discutir uma mudança no futebol brasileiro, mas que isso de preferência seja discutido sem o calor da eleição.”

Fonte: Terra
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