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Aécio lamenta morte de Eduardo Campos; veja repercussões

Diversos líderes políticos divulgaram notas e mensagens de pesar pela morte do candidato à presidência nesta quarta-feira

13 ago 2014 - 13h26
(atualizado às 19h33)
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<p>Eduardo Campos morreu nesta quarta-feira, vítima de um acidente aéreo na cidade de Santos, SP</p>
Eduardo Campos morreu nesta quarta-feira, vítima de um acidente aéreo na cidade de Santos, SP
Foto: Bruno Santos / Terra

Diversos líderes políticos lamentaram a morte do candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, por meio de notas e nas redes sociais nesta, quarta-feira. 

Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB, afirmou que sua agenda foi cancelada e que ele pretende vir do Rio Grande do Norte para São Paulo. "Estamos todos absolutamente perplexos com as notícias de um acidente envolvendo o ex-governador e meu amigo Eduardo Campos. Estamos cancelando, naturalmente, toda a nossa programação aqui no Rio Grande do Norte e as outras que teríamos. Vamos aguardar que as notícias que venham possam ser melhores que as notícias iniciais. Estamos todos absolutamente perplexos com essas notícias. Nesse momento não há nada a fazer senão aguardar que as informações oficiais possam vir. Esperando e rezando todos para que as notícias possam ser positivas", disse Aécio.

Chorando, o candidato do PSB ao Senado no Rio Grande do Sul, deputado Beto Albuquerque, falou com a imprensa no início da tarde, na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do RS (Federasul), em Porto Alegre. Beto, principal articulador da candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da República no Estado, disse que todos devem rezar para que a família do socialista compreenda o que ocorreu e afirmou que a política deve ser separada desta tragédia "inominável". Sobre os desdobramentos políticos, ele adiantou: "Agora vamos pensar com calma no que fazer. Não era isto que tínhamos escolhido para viver neste ano. A desgraça é que perdemos nosso maior líder."

Beto, que havia falado com Campos pela última vez ontem, saiu da Federasul acompanhado do candidato ao governo do Estado na chapa, o peemedebista José Ivo Sartori. Este deixou o local sem falar com a imprensa, e com expressão visivelmente abalada. A palestra de Sartori para empresários, que deveria acontecer no almoço da entidade, foi cancelada. Após eles deixarem o local, o senador Pedro Simon (PMDB), também se manifestou. Ele lamentou extremamente a perda do socialista e lembrou que o avô de Campos, Miguel Arraes, faleceu nesta mesma data. "Diziam que a campanha não tinha começado ainda. De fato, agora a campanha está paralisada", considerou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou Eduardo Campos (PSB) como "figura admirável", nesta quarta-feira, em entrevista coletiva na Prefeitura de Santos. Visivelmente emocionado, Alckmin lamentou a morte do amigo e candidato à Presidência. "Nossos sentimentos, em nome de toda a população do Estado de São Paulo, aos familiares. Eduardo Campos era uma liderança jovem, promissora,  uma figura admirável", lamentou.

O vice de Alckmin na disputa pela reeleição é Márcio França, do mesmo partido de Campos.

Questionado sobre se a candidata a vice, Marina Silva, poderá assumir o lugar de Campos na chapa, respondeu. "Sim, qualquer filiado poderá fazer isso. Desde que ocorra nova convenção." O senador disse ainda que pretende se dirigir a Pernambuco tão logo possível.

O senador e candidato à reeleição Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou ao Terra que lamenta “profundamente a morte de Eduardo Campos, neto do querido Miguel Arrais”. “Uma pessoa que certamente tem um caminho extraordinário de contribuição para o Brasil. Ele estava enriquecendo o processo de eleição presidencial”, disse o senador paulista.

Suplicy ainda lembrou-se de Marina Silva, e indicou que a ex-senadora do Acre e vice-candidata na chapa de Campos deve ser indicada pelo PSB na vaga do ex-governador.

“Eu expresso meus sentimento de tristeza e solidariedade ao PSB, ao povo pernambucano, e a Marina Silva. Imagino que o PSB vai indicá-la ao cargo”, afirmou Suplicy.

O Governador de Pernambuco, João Soares Lyra Neto, em entrevista ao Globo News, disse que a morte de Eduardo Campos se tornou "um dos momentos mais difíceis da minha vida", pois "perdi um amigo e o grande político que ele se tornou". E que "a vida dele [deve servir] de exemplo pra todos nós". 

Procurada, a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos principais padrinhos da carreira política de Campos de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia durante o primeiro mandato, afirmou que Lula ainda não confirmou se deve se locomover para a cidade do litoral paulista.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a primeira-dama, Ana Estela Haddad, lamentam profundamente a morte do ex-governador Eduardo Campos, se solidarizam com a família e se colocam a inteira disposição. O casal também lamenta a morte dos pilotos e dos profissionais que estavam a bordo do avião.

“O Brasil perdeu uma de suas lideranças mais preparadas. Eduardo era um político corajoso, que conseguia entender o país em todos os seus aspectos. Foi um grande governador de Pernambuco e se firmou como liderança nacional a partir do sucesso de sua administração. Também era uma pessoa íntegra e leal; um pai de família dedicado. Sua morte deixa um vazio no cenário político, além de muita dor e perplexidade para todos que o conheciam”, afirmou o prefeito.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, enviou uma nota oficial. "O Brasil perde um grande líder, um homem público sensível, uma esperança para os que seguem acreditando no exercício da Política como instrumento de fortalecimento democrático. Conheci Eduardo Campos  em 1999, em Brasília. Era deputado federal, e nunca mais deixamos de nos ver, manter um relacionamento fraterno, dialogar e falar sobre política. Em 2010, me convidou para entrar no PSB, mas o PSD  ganharia proporções nacionais, e adiamos um projeto maior, de união, para uma conversa posterior. Sempre que vinha a São Paulo, eu o recebia em casa, falávamos sobre política e seus sonhos de ser Presidente. Aprendi muito com ele. Dividíamos projetos, ideias e lembranças da política. Eduardo deixa o exemplo de correção, de caráter e sensibilidade que o Brasil não esquecerá. Meus sentimentos à sua mulher, à sua família e aos pernambucanos que tiveram a oportunidade a honra de tê-lo como deputado, secretário de estado e governador. Um homem público vencedor, que pensava sempre em ajudar as pessoas", disse Kassab. 

O deputado federal do Psol, Ivan Valente, também expressou pesar pela morte do ex-governador de Pernambuco. “Notícia trágica da morte de Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, choca todo o País”, afirmou o congressista ao Terra. “Nossos sentimentos e solidariedade para a família, correligionários e amigos. Episódio vai marcar profundamente a campanha e o cenário eleitoral. Consternação, luto, e alternativas vão impactar eleições”, disse Valente.

O ex-deputado federal Celso Russomano (PRB-SP) falou da época em que atuou junto com Campos na Câmara dos Deputados. “Ele era amigo meu, foi deputado junto comigo, foi um bom deputado, bom amigo, estou muito triste. Em uma hora como essa, a gente tem até dificuldade para falar. Perde o povo brasileiro, perde a democracia, porque a pluralidade de candidatos é extremamente importante para a democracia brasileira”, disse Russomano.

“Além de perder um amigo, uma  pessoa querida, o Brasil todo perde. Perde porque sai da disputa um candidato, e quanto menos candidatos na disputa para a Presidência, menos democracia tem no País. Expresso minha tristeza e aproveito a oportunidade para dar os pêsames à família. Eu sei como é difícil, já passei por isso, perdi minha mulher por negligência médica, a gente sabe a dificuldade que existe numa hora dessas, agora é difícil, muito difícil para a família”, afirmou o ex-deputado paulista.

O candidato ao governo do estado de SP e presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf afirmou que perdeu não apenas um estadista, mas um amigo. “Eu perdi um amigo, com quem tive a honra de conviver. Eduardo Campos foi um dos incentivadores de meu ingresso na política”, informou Skaf.

Skaf ainda recordou-se de seu começo na política, no partido de Eduardo Campos. “Há cinco anos, iniciei minha trajetória política em seu partido, o PSB. Quero me solidarizar também com o povo de Pernambuco pela perda de seu grande líder”.

O Ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da Presidência do Supremo Tribunal Federal, também lamentou o falecimento de Campos. Outros políticos se pronunciaram sobre a morte do candidato à presidência por meio das redes sociais nesta quarta-feira. 

O partido Rede Sustentabilidade, da vice do PSB, Marina Silva, afirmou que a chapa está chocada e que estão todos indo até a cidade de Santos, onde o acidente aconteceu.

Aloysio Nunes, líder do PSDB no Senado e candidato a vice na chapa de Aécio Neves para a Presidência da República, disse que está "profundamente chocado".

A também candidata à Presidência pelo PSOL, Luciana Genro,  classificou a morte de Campos como "tragédia terrível". 

Ainda pelo Twitter, o deputado federal Paulo Maluf, do Partido Progressista, afirmou que Eduardo Campos é um jovem de valor que deixa um "vazio enorme"

O deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL, Marcelo Freixo, enviou sua solidariedade aos amigos e familiares de Eduardo Campos.

Com informações de Flavia Bemfica e Twitter. 

Fonte: Terra
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