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Após pesquisa, Dilma diz que "há virada visível nas ruas"

23 out 2014 - 18h25
(atualizado às 19h01)
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Dilma Roussef durante entrevista a jornalistas em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 23 de outubro
Dilma Roussef durante entrevista a jornalistas em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 23 de outubro
Foto: Ichiro Guerra / Divulgação

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), disse nesta quinta-feira, depois da divulgação da pesquisa Ibope, que “há uma virada visível nas ruas”. O levantamento colocou a petista oito pontos à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves.

Dilma, que não costuma comentar pesquisas, disse que tem presenciado manifestações “espontâneas” nas ruas nesta semana. Ela atribuiu o crescimento ao que considerou um levante mais popular que partidário.

“Está havendo uma espécie de virada, acho que há uma virada visível nas ruas”, afirmou a candidata, em entrevista a jornalistas em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. “Eu acho que acontece isso nas eleições, acho que amplia a consciência, amplia a adesão das pessoas e a convicção, e elas assumem um rumo. Acho que é um movimento mais popular que partidário.”

Conflito nas ruas

Dilma repudiou o conflito entre militantes do PT e do PSDB no centro de São Paulo, que usaram bandeiras dos partidos uns contra os outros. “Ninguém pode sair do campo das ideias e ir para o campo da realidade física”, disse. “Conflitos físicos, de esforços físicos, acho que temos de repudiar, alertar que não pode ocorrer”, acrescentou.

A presidente minimizou, no entanto, o episódio de São Paulo ao afirmar que não viu isso em outros eventos de campanha. "Estive em vários locais e não vi nenhuma atitude de agressão, vi muito mais uma atitude de festa e comemoração. Não se crie um fantasma e nem se torne um problema que não existe. Um conlito aqui é um conflito aqui", disse.

Dilma evitou comentar se a agressividade do ex-presidente Luiz inácio Lula da Silva teria contribuído para os ânimos esquentarem. O petista comparou os tucanos a nazistas, chamou Aécio Neves de filhinho de papai e questionou se o senador teria a mesma postura em debates caso seu adversário fosse um homem. 

"Acho que você deveria perguntar isso para o presidente Lula", respondeu Dilma. "Você acha que também é correto me chamar de leviana? Eu sou presidente da República, mãe e avó. Vamos ter calma", disse.

Dilma adota cautela sobre mensagens do Bolsa Família

Dilma adotou cautela sobre uma reportagem publicada no site do jornal O Globo segundo a qual beneficiários do Bolsa Família estariam recebendo mensagens veladas de que Aécio Neves seria contra o programa. A presidente disse que teria todo interesse em investigar se a s mensagens foram propagadas por pessoas do governo, mas disse também ser vítima de boatos.

“Não recebi essa informação. E se souber dela, e se for feita por pessoas do governo, nós teremos todo o interesse em saber quem está fazendo uma coisa dessas. Agora, quero só alertar: nós estamos num momento pré-eleitoral em uma situação extremamente conflituada. Tenho escutado coisas que chegam para mim que dizem da minha pessoa e minha família estarrecedoras. Então vamos ver direitinho de onde vem, quem fez e como fez. Porque boato é que não está faltando por aí”, disse.

A presidente também voltou a afirmar que não reconhece os ganhos sociais no governo Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ex-presidente disse que a petista diz coisas que não acredita pela ambição ao poder.

"Eu lamento, mas eu não reconheço ganhos sociais no governo Fernando Henrique, reconheço a estabilidade da moeda", disse.

A presidente passou o dia em um hotel fazendo tratamentos para a voz, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu para fazer campanha nas ruas. Dilma fica até amanhã no Rio de Janeiro para participar do último debate antes do segundo turno, na TV Globo.

Fonte: Terra
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