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Debate em Campinas tem muitos ataques e poucas propostas

Candidatos a prefeito Dario Saadi (Republicanos) e Rafa Zimbaldi (PL) trocaram acusações de corrupção e má gestão

20 nov 2020 - 01h29
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CAMPINAS -- Em um debate repleto de ataques entre os concorrentes à prefeitura de Campinas, o ex-secretário municipal de Esportes Dário Saadi (Republicanos) e o deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL) trocaram acusações de corrupção e má gestão na noite desta quinta, 19, na TV Band. Foi o primeiro encontro do segundo turno. Outros dois debates entre eles ocorrerão nos dias 21, na TVB/Record, e 27, na EPTV/Globo.

No primeiro turno da eleição, que registrou a taxa recorde de abstenção de 30,8%, Saadi obteve 25,78% dos votos, ante 21,86% de Zimbaldi. Durante um dos confrontos, Saadi citou uma condenação do adversário por ter criado um grande número de cargos comissionados quando foi presidente da Câmara Municipal; disse que ele é "o quarto deputado mais gastão". Zimbaldi argumentou ainda que propôs reduzir salários na Assembleia Legislativa e que cortou 1.100 cargos comissionados na Câmara, para rebater as demais acusações.

Zimbaldi, por sua vez, relacionou o adversário a um ex-assessor da Secretaria de Esportes preso em abril, acusado de negociar venda de testes para coronavírus; citou uma condenação de Saadi por pagamento irregular de horas extras, quando geriu o Hospital Mário Gatti e também uma rejeição de contas dele na presidência da Câmara, por pagamentos superiores ao limite. "O funcionário foi levado para esclarecimento, e demitido, não participei de nada, nem fui depor", afirmou Saadi. Também negou que tenha sido condenado, tanto por horas extras quanto por pagamentos na Câmara

Ambos ainda divulgaram sites que fizeram para apontar "mentiras" uns dos outros. Saadi votou a criticar o adversário por votar "pelo aumento de impostos", ao aprovar o projeto 529, de ajuste fiscal do governador João Doria (PSDB), que reduziu benefícios de taxas estaduais. Zimbaldi disse que a lei votada é de redução de cargos governamentais e rebateu relacionando Saadi ao atual governo municipal, que enfrentou denúncias no hospital Ouro Verde. Saadi é apoiado nesta eleição pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que não pode mais se reeleger.

Estadão
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