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Confusão e vidro quebrado marcam votação de Aécio em BH

26 out 2014 - 10h50
(atualizado às 16h53)
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Aécio chega para votar em escola de BH neste domingo:

Confusão, empurra-empurra, vidro quebrado e ovada marcaram neste domingo a votação do candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, em uma escola pública de Belo Horizonte. 

Aécio votou no Colégio Estadual Milton Campos, no bairro de Lourdes, área nobre da capital mineira - mesmo colégio onde a adversária do tucano, a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), cursou o ensino médio na década de 1960 e começou a militância política. Aécio chegou às 10h22 acompanhado da mulher, Letícia Weber, de assessores e do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), com a primeira-dama, Regina.

Uma multidão de eleitores com camisas da Seleção Brasileira de futebol recebeu o candidato aos gritos de "Brasil pra frente, Aécio presidente"; dos prédios de alto padrão, na vizinhança, moradores empunhavam bandeiras do Brasil nas sacadas e soltavam rojões.

No empurra-empurra até a seção de votação, envolvendo eleitores, jornalistas e seguranças, um vidro da sala de aula onde Aécio votaria foi quebrado. Não há, contudo, informação sobre feridos.

O tucano acompanhou a mulher na votação dela, na sala ao lado. Na saída, já na rua, depois de a comitiva tucana entrar nos carros, ovos foram atirados de um prédio em frente na direção de jornalistas e militantes. Entre os atingidos pela ovada estava o fotógrafo Pedro Vilela, de 33 anos, da agência Reuters.

De acordo com o fotógrafo, alguns colegas em volta foram atingidos pelos ovos na nuca. Ele se sujou no braço. "O candidato e as outras pessoas da equipe dele já tinham entrado nos carros, não acredito que fossem os ovos para eles. Tinha muita gente gritando e com bandeiras --esses pareceram ser os alvos", relatou.

Aécio fala sobre saúde de doleiro

Após a votação, Aécio atendeu a imprensa em entrevista coletiva em um hotel próximo ao colégio. O tucano voltou a criticar o que chamou de “campanha sórdida de ofensas, calúnias e mentiras” da qual afirma ser vítima, por parte do PT, e disse que, caso seja eleito, sua “primeira missão” será a de “dar unificação ao País”. “Para mostrar que as acusações feitas contra nós eram terrorismo (de petistas) para se manterem no poder – vamos cumprir cada compromisso com os brasileiros, com a formação de uma equipe extraordinária e um comportamento ético irrepreensível”, disse. “Me vejo pronto para ser o presidente de todos, da união nacional, e de um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento sustentável no País”, discursou.

Indagado sobre a onda de boatos em redes sociais, desde ontem à noite, sobre a saúde do doleiro Alberto Yousseff –preso em Curitiba --, Aécio disse ter recibo do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), a confirmação de que Yousseff fora transferido ontem ao hospital Santa Cruz, na cidade, após uma suspeita de enfarte.

“Recebi essa notícia com muita cautela; soube ontem à noite (da internação de Yousseff) por um telefonema do Beto Richa apenas confirmando. Vamos aguardar que tenha sido algo natural; não se pode especular algo sobre isso: estaria se especulando sobre um crime”, definiu, para completar: “A informação mais recente que tenho é a de que ele está bem, e espero que continue bem para dizer até o final tudo o que sabe em relação a esse vergonhoso esquema de corrupção que, de forma continuada, atuou de forma institucionalizada dentro da Petrobras”, concluiu.

Guia do eleitor Guia do eleitor

Fonte: Terra
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