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Bolsonaro diz que Marçal causou ‘dor de cabeça enorme’ e ri de pedido de retratação

Ex-presidente esteve ao lado do governador de SP, Tarcísio de Freitas, em evento de apoio a Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição

22 out 2024 - 17h48
(atualizado às 18h48)
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Bolsonaro diz que Lula 'não tem substituto' e nega ter sinalizado apoio a Marçal em reunião privada:

Durante evento de apoio a Ricardo Nunes (MDB), nesta terça-feira, 22, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o impasse que teve com Pablo Marçal (PRTB), que foi adversário de Nunes e ficou em 3º lugar no primeiro turno das eleições municipais pela Prefeitura de São Paulo. O ex-coach chegou a insinuar que Bolsonaro o apoiava e, segundo o ex-presidente, a situação gerou uma “dor de cabeça enorme”. Ao ser perguntado se pediria desculpas públicas a Marçal, como solicitado por ele, Bolsonaro apenas riu.

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“Eu fiquei sabendo que ele teria colaborado com pouco mais de R$ 100 mil na [minha] campanha. Eu fiquei sabendo quando ele falou isso aí. Se eu faço uma doação pra você, não vou querer cobrar nada de volta. Doação é do coração. Se ele fez pensando em algo lá na frente, fez errado”, começou Bolsonaro, explicando sua relação com Marçal. 

Segundo Jair Bolsonaro, há três meses ele teve uma reunião reservada apenas com Pablo Marçal. De lá, segundo o ex-presidente, o então candidato à Prefeitura de São Paulo saiu dizendo que ele iria apoiá-lo. “E quando o [jornal] O Estado de S. Paulo publica matéria, repercute todo Brasil. O pessoal da direita achou que eu estava apoiando ele. Mas não estava. Não é verdade. Então, lamentavelmente, isso aconteceu e depois foi uma dor de cabeça enorme pra gente mostrar que nosso candidato já era quem vinha dando certo”, disse, referindo-se à Nunes.

Foto: Juliana Cruz/Terra

Marçal, que rachou a maior parte do eleitorado de São Paulo com Nunes e Guilherme Boulos (PSOL), não apoiou o atual prefeito no segundo turno. Para repensar a estratégia, ele elencou uma longa lista de pessoas que terão que se desculpar e se retratar publicamente pela forma que o trataram e desmentir supostas acusações. Ele citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A lista também se estendeu ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que é filho do ex-presidente, e ao líder religioso Silas Malafaia. E, ainda segundo Marçal, as desculpas terão que ser formais: “Não vou aceitar pelo telefone”.

Na agenda de Nunes, quando questionado se aceitaria o pedido de Marçal e lhe pediria desculpas, Bolsonaro apenas deu risada e não respondeu. Ele também foi taxativo ao responder 'qual era a sua relação com o ex-coach': "Nenhuma".

Primeiro turno em São Paulo

Nunes, Marçal e Boulos -- que agora disputa o segundo turno das eleições com o atual prefeito -- protagonizaram o primeiro turno mais acirrado da história de São Paulo. Pablo Marçal não superou Boulos por menos de 1%. Com eles e Nunes disputando voto a voto, o resultado para o segundo turno se deu apenas com 99,52% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por volta de 21h do domingo, 6.

Agora, com Nunes no segundo turno, o ex-presidente Bolsonaro diz estar feliz. “Se Deus quiser, se comprovado agora no próximo domingo, São Paulo terá quatro anos de um bom governo bem entrosado com o governo do Estado”, declarou, ao lado de Nunes e do governador Tarcísio.

Apoio a Nunes

A cinco dias do segundo turno das eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez a sua primeira agenda ao lado de Ricardo Nunes (MDB) durante almoço em São Paulo nesta terça-feira, 22, em uma churrascaria no bairro do Morumbi.

Sob protesto, Nunes se reúne com Bolsonaro, Tarcísio e Temer em reta final de campanha em SP:

Aliados e amigos dos políticos, como o ex-presidente Michel Temer (MDB), o deputado federal Baleia Rossi (MDB) e o senador Rogério Marinho (PL), estiveram presentes na churrascada. O evento, promovido pela Confraria CAVES, sob a presidência de Fausi Hamuche, vendeu ingressos a R$ 150 para o encontro. Segundo a assessoria de Ricardo Nunes, em torno de 500 pessoas marcaram presença. 

Lá, Bolsonaro fez um discurso curto, objetivo e sem grandes elogios a Nunes. Pediu votos, mas sem enaltever o emedebista, mantendo o mesmo tom desde o início da campanha: tímido e um tanto distante.

"A campanha aqui não é minha, é do nosso prezado Nunes. Temos uma jornada pela frente ainda (...) O voto de todos nós tem que ser contado. Sabemos que [o número de] abstenções é grande. Devemos participar, por convicção, por entendimento, que o melhor para São Paulo é a continuidade de Ricardo Nunes. Boa sorte, Ricardo. Estou torcendo pro você e pelo nosso Brasil", declarou.

Fonte: Redação Terra
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