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Preço do material escolar deve ter alta de 8% em 2020

Alta é estimada pela Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) e está acima da inflação oficial

7 jan 2020 - 20h19
(atualizado às 22h36)
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O ano letivo ainda nem começou, mas o gasto com a educação dos filhos já motiva dor de cabeça para os pais. Na busca pelo caderno ou mochila mais em conta, as famílias recorrem a negociações coletivas, compra ou troca de itens usados e grupos nas redes sociais. A Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) estima alta de 8% nas papelarias - acima da inflação oficial, que deve ficar em torno de 4%.

O Inmetro lembra que o material escolar deve ter o selo de identificação de conformidade do órgão
O Inmetro lembra que o material escolar deve ter o selo de identificação de conformidade do órgão
Foto: Agência Brasil

A engenheira Thaís Aparecida Franchi Costa, de 37 anos, mãe da Sarah, de 3, participa de um grupo de mães de alunos da escola da sua filha no WhatsApp. "Compartilhamos orçamentos para verificar onde é mais vantajoso comprar. Uma papelaria propôs que, se fecharmos a compra para um grupo com mais de cinco mães, teremos 13% de desconto na parte de papelaria e material de uso coletivo, como giz de cera, tintas e cola", contou.

Segundo Thaís, a estratégia da compra coletiva está perto de funcionar. "Já há onze mães interessadas", diz a engenheira, que calcula gasto de R$ 350, mesmo com o desconto. A escola, de acordo com ela, ficou responsável por negociar preços melhores para os livros didáticos com as editoras.

As livrarias também procuram facilitar as formas de pagamento e promovem ações para dar desconto - na compra de muitas unidades, por exemplo.

A Abfiae orienta os consumidores a pesquisarem em vários estabelecimentos, pois as variações são significativas principalmente com relação a estoques antigos e liquidações. Outra recomendação é optar por produtos seguros, que sejam certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Além disso, segundo a Lei 12.886, de 2013, válida em todo o País, na lista os colégios não podem exigir a compra de qualquer item escolar de uso coletivo, como materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo. Também não podem cobrar a compra de produtos de marcas específicas.

A administradora Ana Cláudia Rocha, de 39 anos, mãe do Daniel, de 9, preferiu comprar com antecedência. "Pesa muito no início do ano, mas não tem para onde correr. Costumo fazer pesquisa de preços para ver se a diferença é muita grande entre as lojas", disse ela, que foi às compras nesta terça-feira, 7. "Para não deixar para a última hora, já viemos. O preço aumentou bastante em relação ao ano passado."

Para Ana, os materiais didáticos de inglês e espanhol são os que mais pesam. Ela participa de um grupo de mães no Whatsapp e juntas conseguiram economizar. "Encontramos uma livraria que ofereceu um ótimo desconto para a gente. Eu iria gastar R$ 1 mil. Na livraria conseguimos desconto de R$ 300. Com esse valor estou comprando o material restante".

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