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Robert Schumann e o romantismo melancólico

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Voltaire Schilling

O Movimento Romântico europeu, historicamente concentrado entre 1780 e 1830, uma forte reação ao racionalismo iluminista, desbravou para as artes e para a literatura em geral o Continente das Emoções. Suas bases criativas assentaram-se no sonho, na fantasia e no sentimento, proporcionando uma explosão de obras-primas que exploraram quase que à exaustão as mais diversas sensibilidades humanas. Na música, coube ao gênio do alemão Robert Schumann, nascido em 1810 dedicar-se às nuanças da melancolia.

Robert Schumann ( 1810-1856)
Robert Schumann ( 1810-1856)
Foto: Getty Images

A influência de Rousseau

Nenhum outro pensador do Século das Luzes exerceu sobre a sociedade do seu tempo influência maior do que Jean Jacques Rousseau. O filósofo, nascido em Genebra, em 1712, ainda que companheiro de inúmeros iluministas do seu tempo (Diderot, D´Alembert, Hume, etc.), foi um dissidente das Luzes porque sua ênfase recaiu sobre "as questões do coração" e não sobre as da razão, como então era moda.

Reclamando da necessidade do homem retomar o contanto com a natureza, clamou para que dessem lugar privilegiado aos sentimentos e demais sensações humanas que ele sentia terem ficarem de fora das especulações filosóficas e existenciais dos seus pares. Sensações que a filosofia cartesiana, base do Movimento Iluminista, havia colocado sob suspeição.

A projeção dele sobre os pensadores e artistas alemães foi impressionante: de Schiller a Kant, da proposta estética à nova filosofia, praticamente ninguém ficou indiferente ao chamado de Rousseau.

Em nenhuma outra arte o apelo à sensibilidade, à exploração exaustiva das emoções, foi tão fortemente atendido como na música alemã do século XIX, que correspondeu plenamente a reflexão dele aparecida em suas "Confissões", onde diz "A impossibilidade de atingir os seres reais lançou-me no pais das quimeras e, nada vendo no mundo real que fosse digno do meu delírio, alimentei-o num mundo ideal que minha imaginação criadora em breve povoou com seres segundo o desejo do meu coração... ".

Schumann, os primeiros anos

Praticamente nascido dentro de uma livraria, negócio conduzido pelo pai dele August Schumann, também escritor nas horas vagas, Robert Schumann veio ao mundo em 8 de junho de 1810 na cidadezinha de Zwikcau, na Saxônia, tendo a sua disposição desde menino o melhor da literatura da época, fazendo dele um leitor voraz.

O pai, desde cedo, franqueou-lhe as obras de Schiller, de Goethe, de Shakespeare e de Jean Paul Richter (que tornou-se sua paixão literária permanente), autores que irão compor a base da sua formação cultural e fonte permanente de inspiração quando ele deixou-se levar pelo "o doentio anseio pela música". Já aos doze anos, Robert havia concluído a primeira das suas composições.

Após a morte do seu pai quando ele tinha apenas quinze anos, sua mãe instou-o a graduar-se em Direito em Leipzig, capital do Reino da Saxônia. Todavia, não suportou o curso mais do que um ano decidindo-se por ser concertista. Naqueles começos do século XIX, um tanto que na esteira do sucesso de Mozart como menino gênio, um novo espaço havia sido conquistado por músicos talentosos.

Dotados de virtuose, apresentavam-se pelos salões, salas de espetáculos, teatros e cortes européias, levando ao extremo sua arte sublime, encantavam um público sempre crescente fascinado quando não enfeitiçado por aqueles seres extraordinários que pareciam ter um pacto secreto, sublime e sagrado, com as forças dionisíacas da criação musical e da interpretação.

Paganini, Chopin e Liszt foram os principais arautos daquela arte extremamente individualista que, com violino sou piano, literalmente eletrizavam as platéias com sua magia. Ninguém como eles havia conseguido arrancar tamanhas e tão profundas emoções com seus instrumentos musicais, tal o feito daqueles celebrados concertistas. Como pequenos empresários que viviam independentes dos mecenas, eram a revivência do flautista de Hamelin, seduzindo os ouvintes e levando-os ao êxtase.

De concertista a compositor

É natural, pois, que Robert, sensibilizado pelas harmonias e versos assimilados e com ambições musicais de um menino-prodigio se sentisse atraído por este tipo de carreira desde que o pai o levara a um concerto quando ele tinha nove anos de idade.

Conseguiu, quando completara vinte e um anos, que um mestre famoso, o professor Friedrich Wieck de Leipzig lhe desse a orientação profissional necessária para por um rumo na sua formação incompleta e desordenada.

Pouco tempo depois, entretanto, devido a uma deformação num dos dedos da mão direita, teve que abandonar o projeto de tornar-se um encantador de platéias.

Restou-lhe então o caminho da composição, projetando-se como um dos maiores nomes da musica alemã no gênero das kunstlied (trata-se de uma peça musical onde o canto é acompanhado pelo piano), fazendo da lied uma ¿obra complexa e profunda, um microcosmo dramático. - (ver Andre Boucourevichliev, pag.98).

É possível que ele tenha sido entre os românticos o compositor que mais intimamente privou com a literatura do seu tempo, abeberando-se não somente em Jean Paul (Hesperus), seu autor favorito, mas, sobretudo em Heine (Der Buch der Lieder), Byron (Manfred), Goethe (Faust), Adalbert Von Chamisso (Frauenliebe), e outros de menor expressão. Sendo que Jean Paul e Heine mereceram da parte dele os dois mais completos ciclos de composição do seu Programa Musical (Myrthen e Dichterliebe).

O cenário musical alemão

Schumann, cronologicamente, situou-se entre Ludwig Van Beethoven e Richard Wagner, entre a obra cosmopolita de um e o crescente exaltar germanístico do outro. O século dezenove observou Friedrich Meinecke, assinalou na cultura alemã o embate entre a temática de inspiração universal (Goethe e Beethoven) e aquela voltada mais para a cor local, para a situação alemã, marcada crescentemente pelo nacionalismo (Herder e Wagner).

Em meio a estes dois gênios, Beethoven e Wagner, Schumann conquistou um espaço especial, empenhando-se tanto nas composições de inúmeras e singelas lieder, como elaborados concertos para piano e orquestra, estudos, ousadas sinfonias ("da Primavera", "Renana", "Fantasia sinfônica", de 1841 a 1850) e uma só ópera ("Genoveva", 1848). Num dos seus anos mais produtivos, o ano de 1840, ele compôs 168 lieder.

Boa parte delas foram apresentadas ao público pelo amigo dele, o também compositor Felix Mendelssohn, regente da Gewandhaus, a magnífica sala de espetáculos de Leipzig.

Não sem motivos, a capital do então reino da Saxônia era uma usina de músicos e compositores. Desde que Johan Sebastian Bach, falecido em Leipzig, em 1750, projetara-se como o supremo mestre do barroco, tornando-se um nome universal, a cidade viu-se como centro fomentador do que havia de melhor na música alemã, na verdade, a partir do século XVII, foi reconhecida como Hauptstadt der deutschen Musik, a Capital da Música Germânica.

O papel da reforma Luterana

E, por detrás de tudo aquilo havia a Reforma Luterana, pois se o protestantismo desestimulou a pintura e a escultura (com o fim da encomenda das cenas e esculturas religiosas tão apreciadas pelo catolicismo), agiu diferentemente para com a música.

Martim Lutero, um entusiasta dos hinos sacros, atendendo ao dito que ¿não podia deixar ao Diabo as melhores melodias¿, estimulou desde a publicação do Geistlich Gesang Buchlein, em 1524, a que os lares da nova fé se transformassem num espaço de devoção, fazendo com que cada sala das habitações alemãs, por mais modesta que fosse se transformasse num sarau melódico para melhor honrar a Deus.

Entendeu a música, ao lado da palavra, como o maior dom dado por Deus aos homens e mulheres, e a mais adequada maneira para louvá-lo. E Lutero, além de dominar o alaúde, a flauta e ter boa voz, é pertinente lembrar, nascera na Saxônia (em Eisleben, em 1483), epicentro da Revolução Teológica liderada por ele.

Por conseguinte, Schumann veio dar seguimento a uma tradição que era o orgulho do reino, enriquecendo a linhagem de extraordinários musicistas que originava-se das tocatas e fugas de Bach atingindo sua expressão maior com as óperas de Richard Wagner (nascido em Leipzig mesmo, em 1813, era três anos mais jovem do que Robert).

Não só isto. Ele converteu-se num militante da divulgação musical, fundando o magazine Neu Zeitschrift für Musik, uma das primeiras revistas a dedicarem-se inteiramente a critica musical e à divulgação, cujo primeiro exemplar surgiu no dia 3 de abril de 1834.

Seus principais integrantes compunham-se de um punhado de boêmios, uma irmandade de artistas denominada originalmente de Davidsbündler, "Companheiros de Davi", freqüentadores do Kaffeebaum de Leipzig, ponto de encontro e de efervescência criativa (o pintor Lyser, o concertista Schunke, o maestro e os maestros Felix Mendelssohn e Richard Wagner, tendo ainda Berliotz e Lizst como colaboradores, e até o sisudo professor Wieck) mobilizados com a intenção de revolucionar o gosto do público. Tratava-se de uma ¿máquina de guerra¿ voltada para celebrar o talento e vituperar o mau gosto dos filisteus (em geral, identificados como aquela parte do público de classe média que se sentia atraído pela vulgaridade).

A melancolia

Dentre a diversidade das sensações exploradas e abrangidas pelo Romantismo, Robert Schumann inclinou-se pela Melancolia, tema que alimentou uma plêiade de poetas do seu tempo, a começar pela recorrência ao Amor Melancólico de Heinrich Heine, que inspirou-lhe diretamente incontáveis lieder.

Desde que o livro de Robert Burton, intitulado The Anathomy of the Melancoly, a Anatomia da Melancolia, publicado em 1621(tendo várias reedições desde então), os homens de letras se dedicaram senão a diagnosticar, mas sim a reproduzir a complexidade das sensações que a caracterizavam (estranha dor, necessidade, doença, angústia, medo, tristeza, paixão não correspondida, ou perturbação da mente, qualquer forma de descontentamento, ou pensamento negativo, apatia, tristeza e aflição de espírito, tudo que é oposto ao prazer e à alegria, oscilações emotivas provocadas por perversidades cometidas contra nós, etc.). Sua leitura foi um verdadeiro achado para os românticos do século XVIII e XIX.

A melancolia é um estado de espírito, uma sensação que se abate como de fora um prenúncio de uma morte, a agonia de um amor ou do ser querido, uma ausência do humor e do prazer pela vida e tudo de bom que lhe diz respeito.

Provoca um estado de torpor e de desamparo solitário cujos efeitos podem ser altamente autodestrutivos. Apresentando-se como uma embriaguês paralisante da alma, é o anti-êxtase por excelência, impedindo a felicidade. Tanto nas peças para piano como nas letras que o inspiravam tais situações depressivas eram exploradas ao extremo por Schumann (como no caso do clássico Träumerei ou Geweit Ich Hab Traum Im/Träume mir, lagest im du Grab).

Sociologia da melancolia

Este estranho e tão humano sentimento aparentado à tristeza pode ser determinado por dois aspectos da época. O primeiro deles é de ordem mais ampla, histórico, produto da Restauração (1815-1848), tempo caracterizado pela monotonia existencial e recessão dos entusiasmos.

Época de desilusão, de ressaca emocional ocasionada pelo fim da Epopéia Napoleônica e pelo retorno do domínio dos Legitimistas da Santa Aliança (a nobreza e as antigas dinastias absolutistas que voltaram a imperar sobre a Europa). O ciclo heróico inaugurado pelo corso dera lugar à mediania, à vida pacata, apolítica e banal do Período Biedermeier na Alemanha.

O outro era de ordem emocional resultante do impressionante ceifar de vidas jovens provocado pelas múltiplas e fatais doenças da época (ainda em 1848, Paris foi acometida de uma violenta dizimação provocada pelo flagelo da cólera).

As incertezas da relação sentimental deviam-se em grande parte à morte da amada ou de amigos e parentes próximos (Emilie, irmã mais velha de Schumann, uma melancólica crônica, suicidou-se na adolescência, dois outros seus irmãos morreram mais tarde).

Lamentos sem fim povoaram a música, a poesia e a literatura romântica em vista da devastação que a tuberculose e as diversas febres e infecções provocavam nos entes amados (uma das namoradas da adolescência dele faleceu repentinamente, por igual Franz Schubert, compositor a quem ele admirava, fora-se aos 31 anos, quatro filhos do casal Robert e Clara Schumann sucumbiram após a morte do pai, em 1856). Mesmo o ídolo de toda vida de Schumann, o poeta e escritor satírico Jean Paul Richter, perdeu um irmão que suicidou-se na flor da idade.

A desconfiança com as coisas que nos cercam é que faz entender-se a afirmação do poeta Novalis "O mundo exterior é o mundo das sombras, projeta uma sombra no império da luz" (in Blüthenstaub, 1797)

As grandes paixões não se concluíam pelos imperativos do súbito desaparecimento da parceira. Exemplo disto é o poema de Heine musicado por Schumann:

Eu chorava em meu sonho...

Tenho chorado nos meus sonhos/Sonhei que jazias numa tumba/ Me desesperei, lágrimas escorriam por minha face/Tenho chorado nos meus sonhos/ Sonhei que me abandonavas/Despertei e segui chorando amargamente muito mais tempo ainda. Tenho chorado nos meus sonhos/ Sonhei que ainda eras boa para mim/ Despertei e ainda corre uma corrente de lágrimas..."

Letra de H.Heine (Das Buch der Lieder, Geweinet Ich hab 'Traum im, 1827)

Reprisando um romance

Entre tantas obras de Jean-Jacques Rousseau nenhuma causou tamanho furor como o romance epistolar "Nova Heloisa", publicado em 1761. Nele, um jovem casal de apaixonados, a aristocrata Heloisa e seu preceptor Saint-Preux, um plebeu, são impedidos de realizarem o seu amor devido ao pai dela o barão d´Etange que não suportava a idéia da filha casar com um joão-ninguém de classe social inferior.

Pois Robert Schumann um tanto que repisou esta situação ao se apaixonar pela filha do professor Wieck, Clara. Quase dez anos mais jovem do que o compositor, nascida em Leipzig, em 13 de setembro de 1819, ela desde menina, um fenômeno do piano, apresentara-se nos principais palcos europeus, inclusive entusiasmando Goethe quando fez-lhe uma apresentação especial em Weimar.

O velho Wieck, tendo Robert como um pobretão sem muito futuro, fez de tudo para que o enlace não ocorresse, envolvendo-se inclusive num rumoroso processo judicial finalmente vencido pelo seu genro, tão obstinado quanto ele, que conseguiu casar-se com Clara em 1840.

Devido aos parcos rendimentos dele como redator do Jornal da Música e como instrutor de piano, coube a ela manter a família entregando-se a uma vida de virtuose pelas cidades européias, incursionando inclusive ate a longínqua Rússia com grande sucesso, em 1844.

O amor deles, além de oito filhos, rendeu 20 mil cartas trocadas pelo casal até quando Robert, após sucessivos ataques de demência (inclusive uma tentativa de suicídio quando conseguiram retirá-lo do rio Reno com vida, em 1854), resultante de uma sífilis adquirida em 1831, internou-se voluntariamente num asilo em Endenich, nas proximidades de Bonn, em 1855, vindo há falecer um ano depois, aos 46 anos.

Por conseguinte, mesmo em sua vida privada, Schumann correspondeu aos parâmetros do romantismo, nos quais amores enredados, impossíveis, se alternavam com insanidade, delírios fantasmagóricos e volúpia pela morte...

O continente da fantasia

Entre tantas interpretações, salta aos olhos que o Romantismo foi um movimento de aberto repúdio às regras do Classicismo. Não sem razão, os artistas daqueles tempos preferiram Shakespeare a Racine, pois o bardo inglês não respeitava cânon algum. Um tanto que atormentados pelas exigências da razão, da lógica e do raciocínio frio - imperativos do Racionalismo - os românticos refugiaram-se no sonho, na fantasia e na imaginação.

Simulavam, de certo modo, deixar-se levar pelo transe das forças extracorpóreas, quase que sobrenaturais, que pareciam dominá-los, levando-os a visitar paisagens inauditas que estavam muito além do alcance da razão ou dos cinco sentidos comuns.

Nisto nenhuma outro campo artístico foi superior â música. A capacidade de extrair dos instrumentos sons e acordes cada vez mais complexos inesperados e insólitos, ampliou enormemente o alcance das pretensões dos compositores românticos e conquistou definitivamente o grande público.

Descrever os sonhos, mesmo os mais tenebrosos, deixar solta a fantasia amorosa e chorar pelo insucesso das investidas da paixão, ter sido o poeta maior da Melancolia foi a realização suprema da obra de Robert Schumann que se não foi suficientemente reconhecido em vida, a história teve tempo para colocá-lo no pedestal dos supremos mestres da musica alemã de todos os tempos.

Obras de Schumann

Obras pra piano
Papillons, Op. 2
Estudios sinfónicos Op. 13

Carnaval Op. 9
Sonatas (3)
Kinderszenen Op. 15

Fantasía Op.17
Toccata Op.7
Fantasiestücke Op. 12

Kreisleriana, op. 16
Humoresca Op. 20

Novelletten, Op. 21
Carnaval de Viena Op. 26

Arabeske, Op. 18
Davidsbündlertänze, Op. 6
Álbum para mocidade Op. 68

Concertos

Concerto pra piano Konzertstück pra quatro trompas
Introducción e Allegro-Appassionato para piano
Concerto para violonchelo
Concerto para violín

Obras orquestais
Sinfonías (4)
Obertura

Música de câmara
Cuartetos pra cordas (3)
Cuarteto pra piano
Quinteto pra piano

Fantasías pra piano, violín e violonchelo
Andante e variações pra dois pianos
Tríos pra piano e cordas (3)
Fantasías pra clarinete e piano
Cinco peças populares pra piano e violonchelo
Romances pra oboe e piano
Märchenbilder pra piano e viola

Sonatas pra piano e violín (2)
Märchenerzählungen pra clarinete, viola e piano

Música vocal
Muitas canções e obras corais acompanhadas de piano ou de orquesta, entre as que se encontram:
Dichterliebe, Op. 48 (16)
Gedichte, Op 35 (12)
Myrten, Op. 25
Lieder-Album für die Jugend, Op.79
Szenen aus Goethes Faust
Bibliografia

"A melancolia" - (Gravura de Albert Dürer, séc. XVI) Arnaldo, Javier (org.) - Fragmentos para uma teoria romántica del arte. Madri: Tecnos, 1994.

Boucourechliev, André Schumann. Paris: Editions du Seuil, 1960.

Burton, Robert - The Anatomy of Melancoly. Philadelphia, New York: J. W. Moore, J. Wiley, 1850.

Daverio, John - Robert Schumann: herald of a "new poetic age". Nova York, Oxford University Press, 1997.

Heine, Heinrich- Der Buch der Lieder. Hamburgo: Hoffman und Campe, 1864.

Jensen, Eric Frederick - Schumann. Nova York, Oxford University Press, 2005.

Klessmann, Eckart - Die welt der Romantic. Munique: Max Huber Verlag, 1969.

Reich, Nancy B. - Clara Schumann: the artist and the woman. Nova York: Cornel University, 1987.

Reiman, Erika - Schumann piano cyrcles and novels of Jean Paul. Nova York: The University of Rochester Press, 2004.

Rosen, Charles - The romantic generation. Harvard University Press, 1998.

Tieghem, P. van - El romanticismo en la literatura europea. México:Uteha. 1958.

Fonte: Especial para Terra
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