Estudantes de baixa renda são prejudicados com greve na UnB
Estudantes de baixa renda sofrem com greve na UnBGreve de funcionários deixa alunos carentes sem benefícios
A greve de funcionários da UnB (Universidade de Brasília) está prejudicando os estudantes carentes que recebem bolsas de assistência. Sem a opção de almoçar no Restaurante Universitário (RU), de retirar a declaração para o Passe Livre e de obter o comprovante de matrícula para pagar meia-entrada em eventos culturais, esses estudantes têm desembolsar mais dinheiro.
Sugundo a instituição, hoje existem 429 pedidos de assistência aprovados pelo Decanato de Assuntos Comunitários (DAC). Os estudantes que participam do Programa de Assistência Estudantil recebem a Bolsa de Permanência, no valor de R$ 465,00. Para eles, os valores das refeições no RU são diferenciados: R$ 0,50 para Grupo I e R$ 1 para Grupo II, de acordo com a vulnerabilidade social. Estudantes de outros campi recebem um auxílio de R$ 240,00. Com a greve, no entanto, as bolsas estão atrasadas.
Glícia de Paula, aluna da Faculdade de Comunicação Social (FAC), trocou o almoço por um salgado. A aluna inscrita no Grupo II do programa não encontrou refeições mais baratas do que R$ 7. Além dos gastos com alimentação, a jovem gasta R$ 12 todos os dias com passagens para vir de Luziânia (GO) para a UnB.
As dificuldades vividas pela estudante são as mesmas de centenas de estudantes que não receberam a Bolsa de Permanência nos últimos dois meses. Segundo a diretora de Desenvolvimento Social da UnB, Maria Terezinha da Silva, o atraso ocorreu, principalmente, por causa da greve dos técnicos.
Segundo a decana Rachel Nunes, o período provável para o depósito das bolsas atrasadas é entre 5 e 10 de junho. A professora destaca algumas alternativas criadas para amenizar os impactos da greve sobre os estudantes. "Na CEU (Casa do Estudante Universitário), a UnB oferece as três refeições diárias até a reabertura do RU", exemplifica. Apesar das dificuldades, a professora faz questão de declarar o apoio à causa dos grevistas. "A situação que os técnicos enfrentam é grave", comenta.
Com informações da agência UnB