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Como usar o Enem para entrar em faculdades

Nota na prova serve como forma de ingresso em instituições públicas e privadas, tanto no Brasil como lá fora

20 mar 2020 - 17h56
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Só no ano passado, mais de 6 milhões de pessoas se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Criado em 1998 com a finalidade de avaliar os estudantes do ensino médio, a prova se tornou na última década no grande vestibular nacional.

Em dois dias de exame, os inscritos respondem a 180 questões objetivas e fazem uma redação. No primeiro dia de prova, as disciplinas são de Ciências Humanas e Suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias e Redação. Já no segundo dia de prova, é a vez de Matemática, Códigos e Suas Tecnologias, e Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. Cada disciplina possui 45 questões.

O resultado do Enem é usado tanto para pleitear vagas nas universidades públicas - por meio do Sisu - como para acesso a bolsas de estudo e financiamento estudantil nas instituições privadas. A nota também é considerada por algumas instituições do exterior para a seleção de estudantes brasileiros.

Além disso, se a pontuação for igual ou superior a 450 pontos e o candidato não ter zerado a redação, a prova pode isentar o candidato de realizar o vestibular tradicional de algumas faculdades privadas que adotam a nota do Enem como critério de seleção.

Veja em detalhes os usos do Enem:

- Sistema de Seleção Unificada (Sisu): programa dá acesso a vagas em instituições públicas de ensino superior. A seleção ocorre duas vezes ao ano, e respeita a nota do Enem, desde que o candidato não tenha zerado a redação. O candidato acessa o site sisu.mec.gov.br, insere seu número de inscrição e senha cadastrada no Enem e escolhe até duas opções de curso. No encerramento da fase de inscrições, os candidatos são automaticamente selecionados de acordo com as notas no Enem e os critérios da instituição escolhida.

- Programa Universidade para Todos (ProUni): oferece bolsas de estudo em instituições particulares para candidatos com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos por pessoa. É destinado a alunos que cursaram o ensino médio na rede pública ou na rede particular como bolsistas integrais. Exige a nota mínima de 450 pontos no Enem e que o estudante não tenha nota zero na redação. A seleção se dá de acordo com as notas obtidas.

- Fundo de Financiamento Estudantil (Fies): concede financiamentos a juros reduzidos, que podem mesmo chegar a zero para alunos com renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. O empréstimo pode ser pago após a conclusão do curso. Como o ProUni, vale a regra de 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação.

- Acesso direito: muitas instituições de ensino particulares - entre elas, algumas das mais tradicionais - aceitam a nota obtida no exame como critério de seleção. Nesse caso, não é preciso fazer vestibular e uma boa notícia é que o ingresso para 2020 ainda está aberto em muitas dessas instituições.

- No exterior: o Enem também é uma porta de entrada para estudar em um curso superior fora do país. O destino com mais possibilidades é Portugal. Mais de 30 instituições consideram, dentre outros fatores, o desempenho no Enem em seus processos seletivos, como as universidades de Coimbra, Algarve e Lisboa. Outros rumos possíveis são a França, Holanda, Estados unidos e o Reino Unido.

Estadão
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