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Com bolsa de R$ 10 mil, recém-formados são maioria no Mais Médicos

A região Nordeste lidera a lista dos 404 municípios contemplados pelos médicos que já atuavam no País

6 ago 2013 - 15h37
(atualizado às 15h46)
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O perfil do médico que aceitou o chamado do governo para atuar nos rincões do País é de homens e jovens. Segundo balanço final dos profissionais confirmados no programa Mais Médicos, dos 938 homologados, 58,42% é formada por homens e 47,2% está na faixa etária de 23 a 30 anos.

Outra característica apresentada pelos dados consolidados é a de que a grande maioria dos profissionais (74%) se formou nos últimos dez anos. Quase a metade (49,5%) do total se graduou entre 2011 e 2013.

Lançado em julho, por medida provisória, o programa Mais Médicos tem como meta levar profissionais para atuar durante três anos na atenção básica à saúde em regiões pobres do Brasil, como na periferia das grandes cidades e em municípios do interior. Para isso, o Ministério da Saúde pagará bolsa de R$ 10 mil.

O programa também prevê a possibilidade de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar nesses locais, caso as vagas não sejam totalmente preenchidas por brasileiros. A medida tem sido criticada por entidades de classe, sobretudo, pelo fato de o programa não exigir a revalidação do diploma de médicos de outros países.

A região Nordeste lidera a lista dos 404 municípios contemplados pelos médicos que já atuavam no País. Foram direcionados para essa região 372 profissionais a 203 cidades e um distrito sanitário indígena. Em segundo lugar, vem a região Norte, com 144 médicos que atuarão em 49 municípios e 14 distritos sanitários indígenas.

Os Estados que receberão mais médicos são Ceará (91), Bahia (85), Goiás (70), Minas Gerais (64) Espírito Santo (58), Pernambuco (55), Rio de Janeiro (49), Rio Grande do Sul (47) Amazonas (45) e São Paulo (45).

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais selecionados no programa Mais Médicos começarão a trabalhar já no início de setembro. Além de ajuda de custo, para compensar eventuais despesas de instalação, o médico receberá também auxílio do município para alimentação.

Entenda o 'Mais Médicos'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Fonte: Terra
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