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53 estudantes obtêm nota máxima na redação do Enem; 143 mil 'zeram'

MEC disponibilizou nesta sexta no portal do exame as notas individuais dos candidatos e as médias gerais em cada área; governo dobrou o número de participantes da prova que farão o exame digital em 2020

17 jan 2020 - 11h13
(atualizado às 13h16)
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BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira, 17, que 53 participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 obtiveram nota máxima na prova de redação, enquanto outros 143.736 zeraram.

As notas individuais do exame foram disponibilizadas nesta sexta no portal do Enem. A nota média das redações ficou em 592,9.

Também foram anunciadas as médias gerais de desempenho nas quatro áreas de conhecimento exigidas na prova.

Em Matemática e Suas Tecnologias, a média geral foi de 523,1. Na área de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias, 520,9. Em Ciências Humanas e Suas Tecnologias, 508. A média em Ciências da Natureza foi 477,8.

"Entregamos o melhor Enem analógico de todos os tempos, e agora vamos fazer o Enem digital", afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Veja os últimos temas da redação do Enem:

  • 2019 - "Democratização do acesso ao cinema no Brasil"
  • 2018 - "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet"
  • 2017 - "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil"
  • 2016 - "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil" e "Caminhos para combater o racismo no Brasil"
  • 2015 - "A persistência da violência contra a mulher no Brasil"
  • 2014 - "Publicidade infantil em questão no Brasil

Ampliação do Enem digital

Ao apresentar os resultados do Enem 2019, Weintraub dobrou para 100 mil o número de candidatos que poderão fazer, em caráter experimental, o exame pelo meio digital em 2020.

Até então o teste do novo modelo seria feito com 50 mil estudantes, o equivalente a 1% dos cerca de 5 milhões de inscritos no exame. A meta da pasta é ampliar de maneira gradual o Enem Digital até alcançar a cobertura máxima em 2026, com extinção das provas impressas.

"É que eu não gosto de parafrasear o passado, mas a gente sabe qual é a meta e agora estamos dobrando a meta, de 50 mil para 100 mil", ironizou o ministro.

Por enquanto, o candidato terá a opção de fazer a prova impressa ou, enquanto houver a disponibilidade para a escolha, a digital.

Em entrevista coletiva, Weintraub voltou a dizer que o Enem 2019 foi o melhor de todos os tempos e destacou que um dos méritos foi a ausência de questões polêmicas porque o propósito da prova deve ser "seleciona as melhores cabeças".

Ditadura militar

Questionado sobre a ausência de questões sobre a ditadura militar, citou Cuba e Venezuela e disse que o que ocorreu no Brasil é "coisa não pacificada".

"Para mim, ditadura é isso (Cuba e Venezuela), uma situação muito pesada. Como aqui no Brasil existe ainda uma coisa não pacificada de como foi o período do regime militar, e o objetivo do Enem não é polemizar, o banco examinador resolveu não colocar. Não é para ter questão polêmica", disse.

As médias em todas as áreas de avaliação objetiva foram menores que em 2018. Ao comentar o resultado, o ministro culpou as administrações passadas.

"Os resultados dos últimos anos de ensino não mostraram uma melhora na qualidade do aluno que passou pelo maravilhoso método de gestão dos últimos 16 anos", ironizou.

Weintraub prometeu, ainda, usar R$ 1 bilhão destinado à pasta provenientes da recuperação de recursos pela Operação Lava Jato para o maior "projeto do mundo ocidental para creches". Segundo ele, a verba ainda não foi utilizada porque o projeto ainda não está pronto.

Estadão
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