Dragagem do Guaíba? Especialistas avaliam soluções para enchentes no RS
Reunião técnica reúne cientistas e autoridades para discutir o impacto do assoreamento e possíveis ações emergenciais
Uma reunião realizada em Porto Alegre nesta quinta-feira (3) reuniu integrantes do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática e pesquisadores para analisar o assoreamento do Guaíba e os efeitos das enchentes que têm afetado o Rio Grande do Sul. O encontro buscou traçar estratégias de curto, médio e longo prazo para minimizar os danos causados pelas fortes chuvas na região.
Participaram da discussão representantes do Plano Rio Grande, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS e do Programa de Gestão Ambiental do Porto de Porto Alegre (PGA-POA). A coordenação é da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, que destacou a importância de se identificar medidas estruturais e não estruturais para lidar com eventos extremos.
Os técnicos apresentaram notas técnicas com dados que embasam a possível necessidade de dragagem do Guaíba, ação considerada estratégica para mitigar impactos futuros. As conclusões serão apresentadas na próxima semana durante uma sessão do Conselho do Plano Rio Grande, vinculado ao governo estadual.
Criado em junho de 2024, após a maior tragédia climática da história do Estado, o comitê conta com especialistas de universidades como PUCRS, USP, UFSM e Unisinos, além de instituições como Embrapa, Cemaden e SBPC. O grupo tem caráter consultivo e propõe políticas públicas para aumentar a resiliência climática no território gaúcho.