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Especialista em antifraude revela como anunciantes são passados para trás no marketing de afiliados

30 out 2018 - 10h28
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Segundo a Adv.Cake, o volume de fraudes oscila de 30 a 50% do total de vendas por afiliados. Os dados apresentados são provenientes da pesquisa e dos trabalhos desenvolvidos pela própria agência ao gerenciar anunciantes de todo o mundo. Ressaltando que esses problemas são encontrados em qualquer rede de afiliados. O que acontece é que as redes de afiliados não são uma fonte uniforme de tráfego e dentro delas há muitos sites diferentes (publishers).

Foto: Adv.Cake / DINO

Um dos principais modelos de atribuição de pedidos nas redes de afiliados é o last paid cookie. Isso significa que a comissão é paga àquele que trouxer o visitante por último. Isso será determinado pelo cookie do usuário. As transições pelos mecanismos de busca e visitas diretas ao site do anunciante não afetam a atribuição e não alteram as tags. O modelo de last paid cookie  pode ser burlado, bastando para substituir o cookie no navegador. Não sendo necessário para isso que o usuário de fato visite o site do anunciante.

Por isso, algumas redes usam um princípio diferente - o  last paid click. A diferença é que, além do último cookie, o UTM também deve ser o mesmo do último canal. Ou seja, o usuário deve de fato ter visitado o site do anunciante. Porém, esse princípio também pode ser burlado.

O princípio básico da fraude é o de criar a aparência de que a fonte do fraudador foi a última antes do usuário fazer a compra. Os principais métodos são:

  1. ClickUnder com um site aleatório com variados cookies

O método foi projetado para a atribuição pelo last cookie. Suponha que o usuário abra um site para assistir series online, e que outro site qualquer seja aberto em uma nova janela, aba ou pop-up. Neste momento, nesse outro site aberto, dezenas de cookies de diferentes programas de afiliados (das mais variadas lojas virtuais) foram carregados no navegador. Tudo isso sem o usuário ter clicado em nada ou, ao menos, ter visto nem mesmo um logo de uma dessas marcas de anunciantes.

Como lidar: migrar para o modelo de last click. Essa abordagem altera apenas o cookie, mas não substitui os parâmetros UTM, pois os sites dos anunciantes não são realmente abertos.

  1. ClickUnder com o site do anunciante

O princípio é o mesmo do método anterior, mas o site utilizado é o do próprio anunciante. Se o usuário, em seguida, comprar neste site pelo SEO ou TypeIn, o pedido ainda será atribuído ao afiliado, visto que, os parâmetros UTM foram substituídos.

Como lidar: segregar todas as fontes com uma altíssima taxa de rejeição (Bounce Rate> 80%) e baixíssima taxa de conversão. Tais publishers são fáceis de rastrear, até mesmo pelo Google Analytics. E no sistema da Adv.Cake, eles são identificados no ato.

  1. Abertura de sites em frame

O princípio é semelhante ao do ClickUnder: digamos que o usuário esteja lendo um site de notícias, e tudo aparenta estar normal. No entanto, este site possui vários frames que carregam novos sites de anunciantes de forma imperceptível.

Assim, no Google Analytics, essa fonte terá uma boa profundidade, tempo de permanência no site, etc. No entanto, uma taxa de conversão muito baixa.

Mesmo utilizando todos os indicadores, essa fonte de tráfego não poderá ser classificada como ruim de forma definitiva. Já que muitas vezes os sites simplesmente incorporam o catálogo do anunciante em seu bloco (o que não tem nada de errado).

Como lidar: identificar o tamanho dos frames. Se a maioria dos pedidos for originada com uma resolução de 1x1, então definitivamente é fraude. No entanto, pode haver frames grandes ocultos, neste caso, é necessário identificar que a atribuição do pedido teve origem em frame e verificar a fonte manualmente.

  1. Barras de Ferramentas do navegador

Suponha-se que um usuário tenha instalado uma extensão no Chrome que permita baixar vídeos do YouTube diretamente do navegador. No entanto, essa extensão do navegador tem uma função oculta. Ao abrir o site de uma loja ou banco online, seja por conta própria ou por meio de um anúncio, o navegador será redirecionado para as tags de afiliado e os pedidos serão atribuídos não à publicidade verdadeira, mas aos afiliados (que custam bem mais caro).

  1. Substituição de códigos de retargeting

A essência deste método está no fato de que o anunciante instala o código do parceiro de retargeting no seu próprio site. Em 95% do tempo o código se comporta adequadamente. No entanto, em certos casos, ele é alterado e começa a redirecionar os usuários do próprio site do anunciante para si mesmo com a substituição das tags.

A lógica pode ser complexa e difícil de rastrear. O código pode se comportar adequadamente, por exemplo, em São Paulo e inadequadamente em algum lugar do Centro-Oeste.

  1. Anúncios com o uso da marca

Este não é o método mais elaborado, mas consegue abalar bastante o orçamento do anunciante.

O pedido gerado quando o usuário digita o nome da marca do anunciante no Google sai muito barato. Por outro lado, para as redes de afiliados essa comissão seria bem mais cara. Os publishers, ao utilizarem o nome da marca, interferem nos resultados do próprio anunciante e ainda recebem comissões por isso.

Como lidar: É preciso monitorar constantemente todos os anúncios em diferentes segmentações geográficas, com diferentes termos de pesquisa e tipos de navegação. Assim, é possível identificar um anúncio que esteja visível somente em determinadas horas do dia ou em determinadas cidades.

Após isso ocorrem redirecionamentos para o site do anunciante (ou para concorrentes) com as tags já marcadas, abertura de sites com cupons ou do site do anunciante em frame. É necessário identificar todos esses casos.

Para concluir: não é preciso ter medo de trabalhar com afiliados, pois eles podem gerar muitas vendas e tráfego de alta qualidade. O importante é estabelecer formas simples e transparentes de captar as todas as vantagens desta modalidade de marketing sem colocar o orçamento em risco.

Website: http://advcake.com

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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