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Coronavírus

Petróleo fecha em baixa por covid-19 e restrições nos EUA, apesar de dólar fraco

26 jan 2021 - 18h01
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Os contratos futuros mais líquidos de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 26, com investidores repercutindo uma potencial proibição pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a novos arrendamentos da commodity em terras do governo americano. O noticiários sobre a pandemia de coronavírus também alimentou a cautela de investidores, e os preços do petróleo terminaram o dia em queda apesar da depreciação do dólar ante moedas concorrentes. Há ainda expectativas quanto aos estoques da commodity na semana nos EUA, que serão divulgados pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) nesta quarta-feira, 27.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para março recuou 0,30% (US$ -0,16), a US$ 52,61. O Brent para abril, que agora é o contrato mais líquido, caiu 0,07% (US$ -0,04), a US$ 55,64 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Já o Brent para março cedeu 0,05%, a US$ 55,91 o barril.

Notícias sobre uma possível suspensão de novas concessões de petróleo e gás em terras federais pelo presidente Joe Biden circulam desde a noite desta segunda-feira, 25, na imprensa americana. Além de cumprir uma promessa de campanha de Biden, a decisão teria grande impacto na indústria petrolífera dos EUA e poderia gerar disputa entre o setor e o governo do país.

O recrudescimento da pandemia de covid-19 ao redor do mundo também coloca pressão sobre o petróleo nesta terça-feira. Não apenas os números de casos, mortes e hospitalizações preocupam, mas também há dúvidas quanto ao processo de vacinação em países da União Europeia (UE), diante dos atrasos da entrega de doses dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer a nações do bloco e à própria UE.

Somando a pandemia ao possível baque nas petroleiras do EUA, o chefe de mercados de petróleo da Rystad Energy, Bjornar Tonhaugen, diz que os investidores esperam com certo pessimismo pelos dados de estoque do petróleo americano, que subiram na mais recente estimativa. Outro aumento da oferta "soaria o alarme nos pregões de que algo está mudando no mercado", afirma Tonhaugen.

O mercado também repercute os pedidos dos governos da Rússia e do Irã para que o acordo nuclear com o país do Oriente Médio seja "resgatado". As nações, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), tem discutido o tema e tentam pressionar o governo de Biden a retomar o acordo, após a saída dos EUA em 2018. (Com informações da Dow Jones Newswires).

Estadão
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