No Rio, distanciamento mínimo no comércio é descumprido
Lojas não deixam ninguém sem máscara entrar, mas afrouxam em outro ponto de combate à covid-19
Entre as regras determinadas pela prefeitura do Rio para a reabertura do comércio na cidade, pelo menos uma não está sendo cumprida à risca. Trata-se do distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas nos locais de atendimento. A reportagem do Terra flagrou essa irregularidade em três lojas da zona norte, durante o fim de semana.
Numa casa especializada em refrigeração, no bairro de Cascadura, era flagrante a proximidade dos clientes, uns com os outros, na hora dos pedidos. Ficavam quase recostados. Um funcionário na entrada principal, munido de álcool em gel, higienizava as mãos de quem chegava. Ali, todos usavam máscara protetora, na manhã de sábado (11).
No mesmo dia, entre 10h30 e 11h, um armarinho no Méier também deixava a desejar na obrigação da distância mínima, com as pessoas não respeitando a marcação fixada no chão, com fitas reluzentes, e praticamente juntas à espera do atendimento. Seus funcionários presenciavam o problema, mas não tomavam nenhuma atitude.
Já no domingo (12), ao meio-dia, num açougue na Tijuca, uma fila de seis pessoas mais parecia um pequeno aglomerado. Um aviso espalhado pelas paredes dali alertava, em vão, sobre a exigência do distanciamento para minimizar os riscos de transmissão do novo coronavírus.
A coordenação e fiscalização dessas regras cabe à Secretaria de Ordem Pública e a Subsecretaria de Vigilância Sanitária, vinculada à Saúde do município carioca. Somente nessa primeira quinzena de julho, a prefeitura já aplicou mais de 300 multas, com 16 interdições (números atualizados no domingo, 12) em estabelecimentos da cidade - a maioria por causa da não utilização da máscara.
