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Coronavírus

Donos de barracas de praia contestam prefeito do Rio

Marcelo Crivella disse que só vai liberar as praias cariocas quando houver vacina da covid-19

10 jul 2020 - 13h56
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Uma declaração do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, nessa quinta (9) provocou um rebuliço entre comerciantes que possuem barracas na longa faixa de areia da orla da cidade. O político disse que pretende liberar a praia para os banhistas somente depois de a vacina contra o novo coronavírus estiver disponível no mercado.

“Já está tudo aberto. Será que a contaminação só se dá na praia? E nos shoppings, que são um ambiente fechado?”, indagou Jane Alves de Oliveira, coproprietária de uma barraca na Praia do Leme, a Pontal do Sol 19, há vários anos.

Jane (de boné) teme pelo futuro de sua barraca na Praia do Leme
Jane (de boné) teme pelo futuro de sua barraca na Praia do Leme
Foto: Divulgação

“Tenho uma equipe de trabalho. São sete pessoas, ou seja, sete famílias. Têm sido muito difícil esse período, sem atividades desde meados de março. Se o negócio continuar paralisado por tanto tempo assim, o que vai ser de todos nós? Espero que o prefeito reconsidere isso, que olhe com mais atenção para a nossa classe. Não tivemos nenhuma ajuda de custo, financeira, nenhum banco, nenhum empréstimo, nada. Precisamos voltar a trabalhar, claro, sempre seguindo os protocolos, com uso de máscara, álcool em gel, etc."

No caso de Jane, como tem amigos clientes em situação financeira estável, até que ela tem conseguido atender o seu grupo de trabalho com doações de cestas básicas, por exemplo.

Num grupo de Whatsapp restrito a donos desses pontos de comércio de bebidas e alimentos das praias do Rio, a discussão nesta sexta era sobre como rebater as declarações de Crivella. Alguns defendiam a organização de um ato em frente à sede da prefeitura. Outros se mostravam mais favoráveis a campanhas pelas redes sociais.

Certo, por enquanto, é que eles – são mais de uma centena – estão se mobilizando para contestar a medida.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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