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Coronavírus

Coágulo é efeito colateral muito raro da vacina de Oxford

Maioria dos casos foi relatado em mulheres com menos de 60 anos de idade nas duas semanas seguintes à vacinação

7 abr 2021 - 11h56
(atualizado às 13h17)
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu nesta quarta-feira, 7, que os casos de trombose que surgiram em pessoas que foram vacinadas com o imunizante de Oxford/AstraZeneca devem ser listados como efeitos colaterais "muito raros" da vacina. Apesar disso, a agência diz que os benefícios da vacina continuam superando os riscos e que ela é eficaz na prevenção da covid-19.

Profissional de saúde prepara dose de vacina da AstraZeneca contra covid-19 em centro de vacinação em Ronquieres, na Bélgica
06/04/2021 REUTERS/Yves Herman
Profissional de saúde prepara dose de vacina da AstraZeneca contra covid-19 em centro de vacinação em Ronquieres, na Bélgica 06/04/2021 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

De acordo com o órgão regulador, a maioria dos casos foi relatada em mulheres com menos de 60 anos de idade nas duas semanas seguintes à vacinação. Os fatores de risco, no entanto, não puderam ser confirmados porque não há dados suficientes para fazer essa correlação.

O comitê de segurança da agência analisou 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose da veia esplâncnica (no abdômen). Destes, 18 foram fatais. Outros efeitos colaterais listados foram trombose nas artérias, níveis baixos de plaquetas sanguíneas e hemorragia. Os dados foram coletados nos sistemas de notificação do Espaço Econômico Europeu e do Reino Unido.

A EMA diz que uma explicação plausível para esses efeitos colaterais raríssimos é uma resposta imunológica que leva a uma condição semelhante à observada algumas vezes em pacientes tratados com heparina, um anticoagulante de uso injetável. O comitê afirma que solicitou mais informações sobre essa suspeita.

A agência sustenta que o surgimento de coágulos é um efeito colateral muito raro, e segue afirmando que os benefícios da vacina superam muito esses riscos. "A avaliação científica da EMA sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas", disse em um comunicado.

A agência orienta que os vacinados busquem assistência médica imediatamente se apresentarem sintomas como falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor abdominal persistente, dor de cabeça grave e persistente, visão turva ou pequenas manchas de sangue sob a pele.

Estadão
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