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Nikolas Ferreira não gravou vídeo dizendo que Bolsonaro foi inocentado; conteúdo foi alterado com IA

POSTAGEM CLONOU A VOZ DO DEPUTADO FEDERAL PARA ENGANAR USUÁRIOS E LEVÁ-LOS A SEGUIR PERFIL

28 out 2025 - 11h42
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O que estão compartilhando: vídeo em que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) parece dizer que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux inocentou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para libertá-lo, o ministro precisaria que os usuários seguissem o perfil.

Postagem manipula o áudio de um vídeo publicado no perfil do Instagram do deputado em abril de 2023
Postagem manipula o áudio de um vídeo publicado no perfil do Instagram do deputado em abril de 2023
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Nikolas teve o áudio e o vídeo manipulados com ferramentas de inteligência artificial (IA). No registro original, de abril de 2023 (aqui), Nikolas comenta sobre o ataque a uma creche em Blumenau (SC), que resultou na morte de quatro crianças.

O voto de Fux pela absolvição de Bolsonaro ocorreu em 10 de setembro, durante o julgamento do ex-presidente e de outros sete réus do "núcleo crucial" da trama golpista. A Primeira Turma do STF concluiu o julgamento no dia 11, com placar de quatro a um pela condenação dos oito acusados, com penas entre dois e 27 anos de prisão. Fux votou pela absolvição do ex-presidente, mas isso não influencia o resultado do julgamento.

Saiba mais: publicado por um perfil no Instagram, o vídeo checado apresenta indícios de falsidade nas expressões faciais e na voz do deputado. Os movimentos da boca, por exemplo, parecem artificiais e em alguns momentos estão desalinhados com a fala. Já a voz está com pausas que não parecem naturais.

Na gravação, Nikolas parece afirmar que o ministro Fux precisaria concluir uma pesquisa para libertar Bolsonaro. A pesquisa seria respondida ao apertar um sinal de "mais" abaixo da foto do perfil. Trata-se de uma estratégia utilizada para enganar os usuários e levá-los a seguir o canal.

Condenação do ex-presidente

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado, em 11 de setembro. Ele cumpre prisão domiciliar desde agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após descumprir medidas cautelares.

Na última quarta-feira, 22, o STF publicou a decisão que confirmou a condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado. O acórdão, como é chamado o documento, contém os votos revisados dos cinco ministros que integram a Primeira Turma.

A partir da publicação, foi dado prazo de cinco dias para que as defesas dos réus apresentassem os embargos de declaração, recursos usados para apontar contradições ou trechos pouco claros da decisão. O prazo terminou nesta segunda-feira, 27. O recurso não tem potencial para reverter as condenações, mas, a partir de explicações pontuais, pode haver ajuste nas penas fixadas.

Saiba maisDefesa diz que Bolsonaro foi injustiçado e pede em recurso ao STF redução da pena do ex-presidente

Estadão
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