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Não há evidências de que leite de caixinha e glúten causam câncer colorretal

DIETA INFLUENCIA NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE INTESTINO, MAS NÃO HÁ EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS QUE LIGUE DOENÇA AOS ALIMENTOS CITADOS EM VÍDEO VIRAL

25 jul 2025 - 18h20
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O que estão compartilhando: vídeo no Facebook cita alimentos considerados de risco para desenvolvimento do câncer de intestino. São mencionados, por exemplo, o leite de caixinha, alimentos com glúten, embutidos e álcool.

Não há evidências científicas de que o leite de caixinha cause câncer de intestino. São falsas as informações de que o glúten causa câncer e é inflamatório para todas as pessoas.
Não há evidências científicas de que o leite de caixinha cause câncer de intestino. São falsas as informações de que o glúten causa câncer e é inflamatório para todas as pessoas.
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: não é bem assim. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) negou que haja evidências científicas que liguem o leite de caixinha e o glúten ao câncer colorretal. A entidade acrescenta que este último só é inflamatória para pessoas com condições específicas (leia mais abaixo).

A alimentação realmente é um fator capaz de influenciar no desenvolvimento do câncer de intestino. No entanto, a alimentação por si só não é capaz de prevenir tumores.

Saiba mais: O conteúdo verificado aqui critica hábitos alimentares com excesso de carne vermelha, álcool, leite e glúten e os liga ao risco de desenvolvimento de câncer de intestino -- colorretal. Esse é o tipo de câncer que acometeu celebridades como Preta Gil, Pelé e Chadwick Boseman, ator que interpretou o Pantera Negra.

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon) e na porção final do intestino (reto). De acordo com a SBCP, esse tipo de câncer pode não apresentar sintomas em suas fases iniciais. Sinais de alerta envolvem a alteração no formato ou presença de sangue nas fezes, dor anal ou abdominal e alteração no hábito intestinal, como constipação e diarreia persistente.

Câncer de intestino é uma doença multifatorial

O câncer colorretal é uma doença multifatorial que resulta de fatores como predisposição genética, agentes ambientais e alimentação. Manter uma dieta saudável é importante para prevenir a doença, bem como evitar o sedentarismo e o tabagismo.

Também de acordo com o chefe de oncologia clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCa), Alexandre Palladino, a prevenção do câncer colorretal passa por uma postura de vida mais saudável. Segundo o especialista, isso envolve não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas, evitar excesso de carne vermelha e alimentos processados. Entretanto, diferente do que o vídeo analisado aqui afirma, não há relação entre esse tipo de câncer com a ingestão de glúten ou leite.

Ingestão de glúten e leite não aumenta riscos

Segundo a SBCP, não há evidências científicas de que o leite de caixinha cause câncer de intestino. Pelo contrário, existem estudos afirmando que o leite pode ser um fator de proteção para o desenvolvimento do câncer colorretal. Ele estimula a produção de bactérias que podem suprimir o crescimento de patógenos.

Também não há evidências que liguem a ingestão de glúten ao surgimento de câncer. A inflamação e outras consequências podem atingir indivíduos com doença celíaca, uma doença autoimune crônica desencadeada pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos. No entanto, em indivíduos saudáveis, não há relação entre a exposição ao glúten e a inflamação.

É possível prevenir o câncer colorretal?

A prevenção do câncer colorretal envolve também o rastreamento e o estilo de vida. As medidas preventivas englobam combate ao sedentarismo e prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável (rica em fibras, legumes e verduras, evitando alimentos ultraprocessados), abstenção do tabagismo e controle do consumo de bebidas alcoólicas.

O rastreamento anterior à doença é feito por meio da colonoscopia. O exame permite identificar e remover lesões pré-malignas, como os pólipos, antes que se transformem em câncer. A recomendação geral é que o rastreamento seja iniciado em todos os indivíduos a partir dos 45 anos. Em caso de histórico da doença na família, o exame deve ser feito pelo menos 10 anos antes da idade de diagnóstico do familiar afetado.

Estadão
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