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Fala de Netanyahu sobre Lula ter 'vergonha de si mesmo' é de 2024, e não recente

PETISTA COMPAROU OFENSIVA DE ISRAEL EM GAZA AO HOLOCAUSTO EM FEVEREIRO DO ANO PASSADO, E FOI RECHAÇADO PELO PRIMEIRO-MINISTRO ISRAELENSE; DECLARAÇÃO NÃO TEM RELAÇÃO COM RECENTES BOMBARDEIOS QUE ENVOLVEM IRÃ

17 jun 2025 - 16h26
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O que estão compartilhando: que, em pronunciamento recente, o governo de Israel afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai "pagar caro" por comparar a guerra contra o Hamas ao Holocausto. A postagem sugere que a declaração do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, teria sido feita após a recente escalada de tensão com o Irã.

Fala de Netanyahu sobre Lula ter 'vergonha de si próprio' é de 2024, e não recente
Fala de Netanyahu sobre Lula ter 'vergonha de si próprio' é de 2024, e não recente
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: está fora de contexto. O pronunciamento em que Netanyahu critica declarações de Lula foi feito em fevereiro de 2024 - há mais de um ano. À época, o petista comparou a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto. As postagens enganam ao sugerir que o depoimento é recente e que teria relação com a recente escalada de tensão entre Israel e Irã, que trocam bombardeios desde a última sexta-feira, 13.

Saiba mais: postagens nas redes sociais afirmam que o primeiro-ministro de Israel teria "condenado" Lula e dito que ele deveria se envergonhar. As publicações sugerem que a declaração teria sido feita no contexto dos recentes conflitos que envolvem Israel e Irã, mas, na verdade, o pronunciamento é do ano passado.

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O depoimento de Netanyahu foi feito em fevereiro de 2024, em resposta à comparação de Lula entre a ofensiva israelense em Gaza e o Holocausto. À época, o petista disse que "o que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus".

Como resposta, o primeiro-ministro israelense disse que "as palavras do presidente brasileiro são vergonhosas e graves". Ele afirmou, ainda, que o petista "desonrou a memória de seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas".

Um dia após a declaração do presidente brasileiro, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, informou que Lula é considerado persona non grata no país até que se desculpe pela comparação. O anúncio foi feito no Museu do Holocausto, em Jerusalém.

O depoimento de Netanyahu condenando a fala de Lula circula como se fosse recente, no contexto dos recentes bombardeios entre Israel e Irã. A declaração, no entanto, foi feita há mais de um ano. A nova escalada de tensão no Oriente Médio foi desencadeada na última sexta-feira, 13.

O acirramento das tensões foi iniciado quando Israel realizou bombardeios a diversos alvos no Irã. A operação israelense alega ter como alvo o programa nuclear do país iraniano. Desde então, as nações trocam ataques.

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Ainda na última sexta, o governo Lula condenou o ataque aéreo israelense contra o território iraniano. "Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades", comunicou o Itamaraty, em nota oficial.

Como lidar com postagens do tipo: é comum que desinformadores busquem distorcer informações de relevância, como é o caso dos desdobramentos que envolvem as tensões entre Israel e Irã. No caso aqui verificado, uma busca reversa de imagens (saiba aqui como fazer), pode auxiliar a encontrar o contexto original do depoimento de Netanyahu.

Estadão
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