Casal é condenado a mais de 60 anos pela morte das filhas gêmeas de 8 meses
Os pais de Yumi e Eloá confessaram ter matado as filhas em dias diferentes, na casa em que moravam em Belo Horizonte
Um casal foi condenado a mais de 62 anos pelo homicídio das filhas gêmeas, Yumi e Eloá, de oito meses, em junho de 2023. As meninas foram mortas em dias diferentes, na casa em que moravam em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), um deles recebeu a pena de 62 anos e oito meses e o outro de 76 anos e oito meses, ambos em regime fechado.
Segundo reportagem do Estado de Minas, em agosto de 2024, a Polícia Civil concluiu o inquérito que responsabilizava a dupla pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e tortura.
As investigações começaram em julho do ano passado, quando a corporação recebeu uma denúncia anônima comunicando o suposto crime. Os policiais foram até a casa da mãe das gêmeas, de 28 anos, que estava presente quando as filhas foram mortas e atribuiu a execução dos crimes ao companheiro. À época, a mulher foi presa por ocultação de cadáver e, posteriormente, teve a prisão convertida em preventiva.
A reportagem ainda informa que em 25 de julho de 2024, o homem, de 31 anos, que já estava foragido, também foi preso de forma preventiva e encaminhado ao sistema prisional. Ao ser interrogado, confessou que as bebês foram assassinadas, mas, diferentemente da versão apresentada pela ex-companheira, afirmou que a mulher havia matado as filhas.
De acordo com o delegado Humberto Cornélio ao Estado de Minas, quando sabe que a ex-esposa tinha colocado a responsabilidade do crime nele, o homem detalhou o ato. Aos policiais, ele relatou que Yumi foi morta no dia 29 de julho de 2023. No dia, ela estava chorando muito e, para "contê-la", a mãe colocou uma meia em sua boca, asfixiando-a. Após a morte da menina, os suspeitos foram até uma festa junina em Betim, levando as duas crianças no carrinho: uma viva e a outra, morta.
"Eles colocaram a bebê no berço e não prestaram socorro, deixando essa menina por sete dias no berço sofrendo e agonizando", acrescentou o delegado. O corpo da segunda filha foi deixado em uma área de mata às margens da BR-381, em Ibirité, também na Grande BH. Depois de ocultar o cadáver da filha, o casal ainda jantou e se hospedou em um hotel.
"O que mais assusta nessa história é que as mortes não foram nem no mesmo dia, para dizer que foi uma situação impensada, no desespero, o que não justifica. As mortes tiveram um espaço de aproximadamente um mês", evidenciou a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada-geral Alessandra Wilke, na reportagem.
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