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USP vai colocar imóveis à venda para enfrentar crise

Universidade estima arrecadar cerca de R$ 50 milhões com a venda de imóveis no centro e na zona sul

25 set 2014 - 10h39
(atualizado às 10h40)
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Reitor Marco Antonio Zago (foto) decidiu colocar imóveis à venda. Todos foram comprados na gestão do ex-reitor João Grandino Rodas
Foto: BBC Mundo / Copyright

Mesmo com o fim de uma greve de quatro meses, a Universidade de São Paulo (USP) continua em crise. As contas não fecham e a instituição continua gastando muito mais do que recebe do Estado. Para aliviar a situação da universidade, o reitor Marco Antonio Zago decidiu colocar imóveis à venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a publicação, a negociação envolve um terreno de quase 2,4 mil metros quadrados na Rua Consolação, no centro e um bloco de escritórios no Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), em Santo Amaro, zona sul. Ambos foram adquiridos durante a gestão do ex-reitor João Grandino Rodas, que acusa a medida de Zago de 'desmonte'.

A USP estima arrecadar com a venda dos imóveis cerca de R$ 50 milhões. O valor, no entanto, não cobre o déficit da universidade, que gasta R$ 90 milhões mensais além do que recebe do governo. Porém, mais que arrecadar, a USP quer evitar novas despesas.

O terreno da Consolação vale cerca de R$ 19,7 milhões. Os escritórios no Cenesp, cerca de R$ 32,4 milhões. A reitoria avalia também vender um andar de um prédio na Avenida Paulista, no centro, que vale por volta de R$ 9,5 milhões. Todos foram comprados em 2011, pela gestão Rodas. O terreno e os escritórios atualmente estão em desuso. 

Rodas desaprovou a medida. Segundo o ex-reitor, a aquisição dos imóveis foi aprovada por órgãos colegiados e a venda causará danos à universidade. "O futuro não perdoará esse desmonte e seu preço será o retrocesso da, já agora, ex-maior universidade da América Latina", disse.

A medida ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Universitário, órgão máximo da instituição e será votada nos próximos meses. Zago não chegou a comentar as críticas de Rodas. 

Fonte: Terra
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