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Trânsito

RJ: 'era para ter morrido muito mais gente', diz testemunha de queda

28 jan 2014 - 17h27
(atualizado às 17h32)
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O padeiro Assis Rodrigues Silva (esquerda), 31 anos, passa todos os dias, mais de uma vez, pela passarela que cruza a avenida Brasil na altura do bairro de Pilares e liga as comunidades de Águia de Ouro e Favela da Guarda, na zona norte do Rio de Janeiro
O padeiro Assis Rodrigues Silva (esquerda), 31 anos, passa todos os dias, mais de uma vez, pela passarela que cruza a avenida Brasil na altura do bairro de Pilares e liga as comunidades de Águia de Ouro e Favela da Guarda, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra

O padeiro Assis Rodrigues Silva, 31 anos, passa todos os dias, mais de uma vez, pela passarela que cruza a avenida Brasil na altura do bairro de Pilares e liga as comunidades de Águia de Ouro e Favela da Guarda, na zona norte do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira, não foi diferente. Quando a estrutura desabou por volta das 9h15, Assis havia acabado de descer as escadarias.

Ele diz que, ao ouvir o estrondo, pensou primeiro que se tratasse de um acidente - como a via é expressa, os veículos costumam passar em grande velocidade -, e correu para ver. Ao olhar para frente e não enxergar mais o amarelo da passarela, tremeu. “Eu tinha atravessado a passarela umas 8h45, 8h50”, disse o padeiro ao Terra.

Assis conta que, antes de qualquer socorro chegar, ele e os moradores da comunidade se mobilizaram para ajudar as vítimas. Com a ajuda de um amigo, ele ergueu a motocicleta que havia ficado sobre um dos feridos e tentou ajudar o motorista do táxi, atingido em cheio pela passarela.

“Ele ficava esticando o pescoço, tentando falar, pedir ajuda. Não tinha muito o que a gente fazer. O moço da moto estava com o osso do pulso todo para fora e o guidão atravessado na perna. Era para ter morrido muito mais gente, fosse horário de escola seria muito pior.”

Acidente deixou quatro mortos
Um caminhão derrubou a estrutura de uma passarela por volta das 9h15 desta terça-feira na Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro. Dois automóveis - um táxi e um Palio -, um em cada sentido da via, e uma motocicleta foram esmagados pela queda. Quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas, segundo a concessionária Lamsa, que administra o trecho. A Linha Amarela está completamente interditada nos dois sentidos devido ao acidente.

Vídeo mostra percurso de caminhão que bateu em passarela no Rio:

Imagens divulgadas pelo Centro de Operações Rio mostram que a carreta se chocou com a passarela, que tem cerca de 4,5 metros de altura, porque estava com a caçamba levantada no momento do acidente, derrubando, assim, a estrutura de metal. O acidente ocorreu entre os acessos 4 e 5 da Linha Amarela, em Pilares, e causa grande engarrafamento nos dois sentidos da via.

Os bombeiros identificaram os mortos como sendo Célia Maria, 64 anos, Adriano P. Oliveira, 26 anos, Renato P. Soares, 62 anos, e Alexandre G. Almeida, de idade não informada. Célia e Adriano estariam caminhando pela passarela no momento da colisão.
 
Cinco pessoas ficaram feridas no acidente - dois em estado grave - e foram levadas para hospitais públicos. O motorista do caminhão, identificado como Luiz Fernando Costa, 30 anos, foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.

Veja momento em que carreta derruba passarela no Rio:

O idoso Luiz Carlos Guimarães, 70 anos, que estava no banco de trás de um dos carros atingidos pela passarela, está internado no Hospital Municipal Salgado Filho. Ele teve traumatismo craniano e vai ser submetido a uma cirurgia. Já Gláucia Pereira de Andrade, 56 anos, que também estava no carro, foi levada de helicóptero para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, com fratura no joelho.

O motoqueiro Jairo Zenaide, 44 anos, que passava pelo local, foi atingido por pedaços de concreto e está no Hospital Federal de Bonsucesso, com fraturas em um dos braços. Liliane de Souza Rangel, 33 anos, foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. Ela teve fratura de bacia e passa por cirurgia. 

Motorista foi ouvido
Luis Fernando Costa foi ouvido no hospital pelo delegado Fábio Dantas, da 44ª DP (Delegacia de Polícia), que abriu inquérito para apurar o caso. Segundo a Polícia Civil, Costa será indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa. A delegacia instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Testemunhas estão sendo chamadas para prestar depoimento e as câmeras de circuito de segurança da via expressa foram solicitadas. 

Fonte: Terra
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