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Trânsito

Protestos deixam lentos 6 trechos da Fernão Dias entre MG e SP

Caminhoneiros desrespeitam decisão judicial, que impediu a interdição da rodovia

3 jul 2013 - 08h48
(atualizado às 08h53)
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Um protesto deixa a rodovia Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, com ao menos seis pontos de congestionamento na manhã desta quarta-feira, segundo a concessionária que administra o trecho. A lentidão ocorre nos quilômetros 512, em Igarapé (MG); 589, em Carmópolis de Minas (MG); 617, na região de Oliveira (MG); 636, em Santo Antônio de Amparo; 505 ao 512, em São Joaquim de Bicas (MG), e 520 ao 512, na região de Brumadinho (MG).

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A manifestação teve início às 6h20 de ontem e segundo a Autopista Fernão Dias, somente a pista 2 e o acostamento estão totalmente bloqueados. A pista 1 é foi liberada para a passagem de veículos pequenos, ônibus e ambulâncias. Já os condutores de caminhões e carretas estão sendo impedidos de prosseguir pelos manifestantes. Os caminhoneiros exigem reunião de representantes do governo com líderes da categoria. 

No fim da tarde de ontem, a Justiça mineira determinou, por meio de uma liminar, o desbloqueio imediato de todas as rodovias federais no Estado que estejam interditadas por caminhoneiros. Foram citados como réus a União Geral dos Trabalhadores de Minas Gerais (UGT-MG) e o Sindicato dos Transportes Autônomos de Carga de Minas Gerais (Sinditac-MG).

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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