Wagner Moura vai a ato contra PEC da Blindagem no trio da Daniela Mercury
Manifestantes foram às ruas em mais de 40 cidades contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia a condenados do 8 de Janeiro
Wagner Moura participou de ato em Salvador contra a PEC da Blindagem e a anistia aos condenados dos ataques de 8 de janeiro, destacando o momento positivo da democracia brasileira e criticando retrocessos no Congresso.
O ator Wagner Moura marcou presença na manifestação contra a PEC da Blindagem e anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Salvador, neste domingo, 21. Moura, que subiu no trio elétrico da Daniela Mercury, discursou e afirmou que a democracia brasileira vive um "momento extraordinário".
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"Sem anistia. Porque foi essa lei de anistia, essa antiga, que foi por causa dela que a gente teve governo igual ao que tivemos com Bolsonaro. Isso não pode acontecer nunca mais", declarou Moura.
O ator disse ainda que, apesar de preferir não tratar de temas como "congresso, lei de desmatamento, lei da bandidagem", fez questão de destacar o momento que, em sua visão, marca a política nacional.
"Hoje eu acordei com vontade de falar só coisa boa, fiquei com preguiça de falar desse congresso, de lei de desmatamento, de lei da bandidagem, dessas coisas todas horríveis. Minha vontade é falar do momento extraordinário pelo qual passa a democracia brasileira, que é exemplo para o mundo todo. Nós sempre crescemos dizendo que a nossa democracia é frágil, jovem. Nossa democracia botou para lenhar", afirmou.
O ato em Salvador foi parte de uma mobilização nacional que levou manifestantes às ruas em mais de 40 cidades brasileiras. Os protestos miraram principalmente a PEC aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira, 16, que amplia a imunidade parlamentar e exige aval do Congresso, em votação secreta, para que deputados e senadores possam responder a ações penais.
Conhecida como "PEC da Blindagem" -- e apelidada nas redes sociais de "PEC da Bandidagem" -- ,a proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado.
Outro ponto que motivou as manifestações foi a decisão da Câmara, tomada na quarta-feira, 17, de dar caráter de urgência ao projeto que concede anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. O texto, segundo críticos, pode incluir também o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

