Defesa de Bolsonaro responde Moraes e diz que ex-presidente não sabia de proibição de entrevistas
A Defesa respondeu nesta terça-feira, 22, o pedido do ministro Alexandre de Moraes sobre o descumprimento da medida cautelar que proíbe o uso das redes sociais direta ou indiretamente pelo ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro receberam um prazo de 24h para se manifestassem em relação a um pronunciamento feito pelo ex-chefe do Executivo à imprensa na Câmara dos Deputados, em Brasília. "Em nenhum momento e de nenhuma forma, ao que se entendeu, foi proibido que o Embargante concedesse entrevistas, o que aliás não condiz com a Jurisprudência pátria", disse a Defesa. Segundo os advogados, Bolsonaro cessou a utilização de suas redes sociais e determinou que terceiros também suspendessem qualquer tipo de acesso. "É notório que a replicação de declarações por terceiros em redes sociais constitui desdobramento incontrolável das dinâmicas contemporâneas de comunicação digital", diz a resposta. "Naturalmente uma entrevista pode ser retransmitida, veiculada ou transcrita nas redes sociais. E tais atos não contam com a participação direta ou indireta do entrevistado, que não pode ser punido por atos de terceiros", continuou. Os advogados afirmaram que Bolsonaro "jamais cogitou que estava proibido de conceder entrevistas que podem ser replicadas em redes sociais". Wilton Junior/Estadão Conteúdo Reprodução/Silas Malafaia Oficial/Youtube