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Política

Tarcísio diz que Flávio Bolsonaro pode contar com ele e que tempo dirá se foi melhor opção

Filho do ex-presidente lançou pré-candidatura na última semana e tem conversado com partidos de centro-direita

8 dez 2025 - 19h57
(atualizado às 21h29)
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta segunda-feira, 8, que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República pode contar com seu apoio. Contudo, afirmou que o tempo dirá se essa foi a melhor opção.

"Ele (Flávio) esteve comigo na sexta-feira passada. Nós conversamos e o presidente Bolsonaro, que é uma pessoa que eu respeito muito, e sempre disse que eu sou leal a Bolsonaro, é inegociável. E ele me disse a escolha que Bolsonaro fez pelo nome", disse Tarcísio, completando:

"Flávio vai contar com a gente. Ele tem uma grande responsabilidade a partir de agora. Ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes, como Romeu Zema, Ronaldo Caiado. Podemos ter outros nomes, como o Ratinho Júnior. Todos extremamente qualificados".

Ao ser questionado se a escolha por Flávio foi uma boa estratégia, já que pesquisas mostram que ele tem desempenho melhor que o senador na corrida presidencial, Tarcísio respondeu que o tempo permitirá uma avaliação.

"Isso a gente vai avaliar ao longo do tempo. Tá cedo. A gente tem tempo de maturação", declarou. Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, Flávio Bolsonaro disse que leva vantagem sobre Tarcísio por ter o sobrenome Bolsonaro e que sua candidatura é "irreversível". No domingo, ele havia afirmado que a candidatura teria "um preço" e ele poderia recuar.

Tarcísio de Freitas ao lado de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro, no período em que o presidente ainda não estava detido na Superintendência da Polícia Federal
Tarcísio de Freitas ao lado de Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro, no período em que o presidente ainda não estava detido na Superintendência da Polícia Federal
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Tarcísio disse ainda que a "multiplicidade de nomes" à Presidência da República em 2026 vai "agregar" na oposição ao governo Lula (PT).

"Nós vamos ter realmente vários candidatos, vários projetos que vão convergir no segundo turno, em um candidato único. Até em termos de estratégia eleitoral isso é positivo. Então, nós já temos alguns nomes lançados, outros nomes ainda serão lançados, eu tenho certeza, acho que não vai parar por aí, e no final das contas essa soma de nomes, de capacidades, vai ser positiva para esse campo do centro, da direita, que vai ter o que apresentar, vai fazer uma discussão em alto nível", afirmou Tarcísio.

Ele participou da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Diadema (SP). Ao iniciar o discurso, foi interrompido pela plateia com gritos de "presidente, presidente". O governador ignorou os apelos e seguiu a fala normalmente.

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio anunciou na sexta-feira, 5, que o pai o escolheu como candidato do grupo ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026.

O anúncio foi visto como um "blefe" por dirigentes do Centrão e como forma de forçar Tarcísio a aceitar condições impostas pela família Bolsonaro, como a mudança para o PL ou um vice com o sobrenome do ex-presidente.

No domingo, Flávio indicou ter a possibilidade de desistir futuramente da corrida presidencial, dizendo haver "um preço" para tal recuo e que seria negociado. Mais tarde, ainda no domingo, ele afirmou, em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, que a condição seria Jair Bolsonaro pudesse concorrer.

"A única forma disso [desistir da candidatura à presidência] acontecer é se Bolsonaro estiver livre, nas urnas, caminhando com seus netos, filhos de Eduardo Bolsonaro, pelas ruas de todo o Brasil. Esse é meu preço", continuou. Jair Bolsonaro, inelegível, cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado no País.

Flávio disse também que Tarcísio foi a primeira pessoa a qual ele contou ter sido escolhido por Bolsonaro como candidato e que não cobraria do governador que se manifestasse publicamente sobre o assunto. De acordo com o relato de Flávio, Tarcísio disse que ele teria seu apoio.

O governador repete em entrevistas que disputará novamente o Palácio dos Bandeirantes em 2026 - ele não mencionou a reeleição na entrevista desta segunda-feira.

Aliados notam uma inflexão no discurso do chefe do Executivo paulista e uma maior preocupação com temas nacionais em suas falas. Recentemente, Tarcísio afirmou em um evento que é preciso "trocar o CEO" do Brasil. Em outra ocasião, disse a empresários para não terem dúvida de que "nós vamos tirar o Brasil do PT".

Na semana passada, o governador foi à Câmara dos Deputados participar de uma audiência sobre a PEC da Segurança Pública. Ele criticou a atuação do governo Lula na área e defendeu que o governo extinguisse parte dos ministérios existentes para criar o Ministério da Segurança Pública.

Estadão
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