Tarcísio conversa com representante dos EUA após tarifaço e diz que 'é preciso negociar'
São Paulo é o Estado que mais exporta para os EUA e, consequentemente, deve ser o mais afetado pela taxação
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, reuniu-se com um representante dos EUA para tratar dos impactos da tarifa de 50% imposta por Donald Trump, criticou o governo federal e pediu diálogo para resolver a questão.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou ter se reunido, nesta sexta-feira, 11, com um encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, em Brasília, para tratar da tarifa de 50% imposta por Donald Trump.
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Tarcísio disse ter se encontrado com o encarregado Gabriel Escobar. Na pauta, ele abordou as "consequências da tarifa para a indústria e o agronegócio brasileiros e também o reflexo disso para as empresas americanas".
Representante do Estado que mais exporta para os EUA e, consequentemente, deve ser o mais afetado pela taxação, Tarcísio disse que quer inserir as empresas paulistas no diálogo com o governo norte-americano.
"É preciso negociar. Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa", finalizou.
Acabo de me reunir com Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, em Brasília. Conversamos sobre as consequências da tarifa para a indústria e agro brasileiro e também o reflexo disso para as empresas americanas. Vamos abrir diálogo com as empresas…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 11, 2025
O governador de São Paulo foi alvo de críticas por parte de integrantes do governo federal após dizer que o tarifaço era o "resultado" da "ideologia" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu na quinta-feira, 10, chamando Tarcísio de "vassalo" e dizendo que ele teria se "ajoelhado diante de uma agressão unilateral".
No mesmo dia, Tarcísio concordou que a taxação terá um efeito negativo para o País e para São Paulo, mas manteve as críticas ao governo Lula. "Cabe ao Haddad falar menos e trabalhar mais", afirmou.