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Política

Suplente de Boulos é presidente do CNPq e foi demitido do Inpe por Bolsonaro

Pesquisador Ricardo Galvão deve assumir cadeira na Câmara com saída do psolista para Secretaria-Geral da Presidência da República

21 out 2025 - 12h48
(atualizado às 13h06)
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Resumo
Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe e atual presidente do CNPq, assumirá a cadeira de Guilherme Boulos na Câmara dos Deputados após Boulos ser nomeado Secretário-Geral da Presidência da República por Lula.
Ricardo Galvão, atual presidente do CNPQ, é ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foi nomeado pela revista Nature como uma das pessoas mais importantes para a ciência - o primeiro de uma lista de dez.
Ricardo Galvão, atual presidente do CNPQ, é ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foi nomeado pela revista Nature como uma das pessoas mais importantes para a ciência - o primeiro de uma lista de dez.
Foto: Reprodução/MCTI

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomear o deputado do PSOL, Guilherme Boulos, como o novo Secretário-Geral da Presidência da República, a vaga do psolista na Câmara dos Deputados ficará vaga. Com isso, o atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão (Rede-SP), pode assumir o posto de Boulos. 

Além de atualmente comandar o CNPq, Ricardo Galvão também é ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele foi demitido em 2019 após desmentir o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre dados referentes ao desmatamento na Amazônia.

Em 2022, ele foi eleito suplente pela coligação PSOL/Rede, o que lhe dá direito à vaga de Boulos.

Natural de Itajubá (MG), Galvão tem 77 anos. Físico, engenheiro e professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), ele também é membro da Academia Brasileira de Ciências e foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

Ricardo Galvão
Ricardo Galvão
Foto: Reprodução/Instagram/@ricardogalvaosp

Embate com Bolsonaro

Em julho de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro criticou publicamente Galvão, que na ocasião ainda presidia o Inpe, e acusou o físico de passar dados mentirosos sobre o desmatamento da Amazônia.

"A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos. Até mandei ver quem é o cara que está na frente do Inpe. Ele vai ter que vir se explicar aqui em Brasília esses dados", disse Bolsonaro na época.

Galvão rebateu as críticas feitas do ex-presidente. "Um presidente da República não pode falar em público, principalmente em uma entrevista coletiva para a imprensa, como se estivesse em uma conversa de botequim. Ele fez comentários impróprios e sem nenhum embasamento e fez ataques inaceitáveis não somente a mim, mas a pessoas que trabalham pela ciência desse País. Ele disse estar convicto de que os dados do Inpe são mentirosos. Mais do que ofensivo a mim, isso foi muito ofensivo à instituição", declarou.

Após a fala, Galvão recebeu apoio de instituições como a Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência, a Sociedade Brasileira de Física, e a Academia Brasileira de Ciências. Ainda assim, em agosto de 2019, foi exonerado por Bolsonaro.

Ainda em 2019, ele foi reconhecido pela revista científica Nature como uma das dez pessoas mais importantes do ano na ciência. Em 2021, a Associação Americana para o Progresso da Ciência conferiu a Galvão o Prêmio da Liberdade e Responsabilidade Científica (Scientific Freedom and Responsibility Award).

Guilherme Boulos e Lula em comício realizado em maio do ano passado para celebrar o Dia do Trabalhador no estádio do Corinthians, em São Paulo
Guilherme Boulos e Lula em comício realizado em maio do ano passado para celebrar o Dia do Trabalhador no estádio do Corinthians, em São Paulo
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão

Anúncio de Boulos como ministro

Boulos substitui Márcio Macêdo (PT), ex-tesoureiro da campanha de Lula em 2022, que enfrentava desgaste interno. A confirmação da troca foi comunicada pessoalmente por Lula na semana passada.

Guilherme Boulos usou as redes sociais para agradecer pela nomeação e destacar seus objetivos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Minha primeira tarefa será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil", escreveu. 

Fonte: Portal Terra
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