PUBLICIDADE

Política

Senador pede ao STF apreensão do passaporte de Weintraub

Fabiano Contarato (Rede-ES) quer que o ex-ministro seja impedido de viajar por conta do inquérito das fake news

19 jun 2020 - 17h34
(atualizado às 17h44)
Compartilhar
Exibir comentários

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) encaminhou, nesta sexa-feira, 19, um ofício ao Supremo Tribunal Federal pedindo a apreensão do passaporte do ministro demissionário da Educação, Abraham Weintraub, para evitar que ele saia do País enquanto durar o inquérito das fake news. O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz as investigações.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub anunciou, nesta quinta-feira, 18, sua saída do governo
O ministro da Educação, Abraham Weintraub anunciou, nesta quinta-feira, 18, sua saída do governo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Contarato solicita que uma medida cautelar proibindo Weintraub de fazer viagens ao exterior seja lançada no sistema de tráfego internacional e que seu passaporte seja recolhido pelas autoridades. O pedido veio após o ministro recém-demitido anunciar, nas redes sociais, que está de saída do País.

Amigo dos filhos do presidente, o ministro vinha resistindo no cargo nos últimos meses por manter o apoio da ala ideológica do governo, da qual fazia parte. Bolsonaro relutava em demiti-lo para não desagradar a parte mais ruidosa do seu eleitorado, mas a pressão pela exoneração, iniciada com críticas na comunidade acadêmica e nos meios estudantil e político, aumentou após a escalada de tensão entre o Planalto e o STF - que teve como um dos pivôs o próprio Weintraub. A saída do ministro foi lida como um gesto de trégua do governo.

Na reunião ministerial de 22 de abril, a portas fechadas com a cúpula governista, o então ministro da Educação chama os integrantes do Supremo de 'vagabundos' e pede sua prisão. A declaração lhe rendeu a inclusão como investigado no inquérito das fake news.

Além disso, o ministro demissionário é investigado por racismo em razão de um tuíte no qual insinuou que a China vai sair fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus 'aliados no Brasil'.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade