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Política

Semana que vem deve ser de agenda interna em Brasília para recuperação (de Lula), diz Padilha

25 mar 2023 - 21h03
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Em visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que, na próxima semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília, diante do adiamento da viagem à China, anunciado hoje. De acordo com o ministro, a permanência do presidente no País permite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal.

De acordo com Padilha, sua visita a Lula na noite deste sábado, 25, foi para discutir a agenda da próxima semana. O ministro afirmou que a saúde do presidente apresenta "evolução extremamente positiva", com exames cada vez melhores. Segundo Padilha, a decisão de adiar a ida à China foi por orientação da equipe médica, para que o chefe do Executivo repouse e se "restabeleça melhor". O presidente foi diagnosticado com pneumonia e ontem, segundo o ministro, também foi detectado o vírus da gripe influenza A.

Padilha ressaltou que se trata também de uma decisão "responsável com a saúde de sua comitiva", já que a gripe poderia ser transmitida a outras pessoas no avião. "Sou ministro e sou médico, vou reforçar a defesa de que ele possa ficar o maior tempo de repouso, possa participar das reuniões, ou fazer reuniões aqui (no Palácio da Alvorada), mesmo nesses próximos dias", declarou. Conforme pontuou, Lula é muito ativo e a extensa agenda de viagem na última semana pode ter influenciado na sua saúde.

O ministro foi a única visita, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio, que Lula recebeu hoje no Palácio da Alvorada. "Lula está super bem, evoluindo bem, se recuperando muito bem", disse, destacando a evolução positiva no tratamento médico, tanto para pneumonia, quanto para gripe. "Vamos conversar e ver como Lula pensa a agenda na próxima semana."

O ministro afirmou que as autoridades chinesas entenderam "plenamente" a decisão de adiamento da viagem e que já há negociação por novas datas para a ida de Lula ao gigante asiático. "Tem muito interesse do governo chinês em receber o Lula", disse. Conforme pontuou, as atividades que não dependiam de Lula na China estão mantidas; já as que dependiam do chefe do Executivo foram canceladas. "Em breve devemos ter uma nova data para a China."

Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.

Para a próxima semana, o ministro citou nova reunião ministerial com o presidente e o aprofundamento do debate sobre o arcabouço fiscal: "A agenda normal de governo vai ser tocada". "Certamente, o debate sobre a nova regra fiscal vai ocorrer durante a semana, com discussões lideradas pelo ministro (da Fazenda, Fernando) Haddad." Questionado sobre uma data para a apresentação do arcabouço fiscal, que havia sido adiada para após a volta de Lula da China, ele respondeu: "Não vou definir data, mas esse debate está sendo liderado pelo ministro Fernando Haddad. O adiamento da ida à China permite que, durante a semana, o ministro Haddad vá se dedicar a isso junto com o presidente Lula", disse.

Estadão
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