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Política

Quem são os juízes que não trabalham mais no gabinete de Moraes? Veja

Nos três primeiros meses deste ano, três dos quatro magistrados que auxiliavam o ministro do STF não estão mais lotados em seu gabinete

4 abr 2025 - 16h17
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Três dos quatro juízes do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram seus cargos entre janeiro e março deste ano. Como mostrou o Estadão, um interlocutor de Moraes afirmou que ele iniciou um processo seletivo para substituir os magistrados. Procurado, o ministro não comentou o assunto.

Airton Vieira, Rogério Marrone de Castro Sampaio e André Solomon Tudisco, estavam cedidos ao STF pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), para onde voltam a exercer suas atividades após deixarem a equipe de Moraes.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, está selecionando novos juízes auxiliares para seu gabinete, segundo interlocutor.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, está selecionando novos juízes auxiliares para seu gabinete, segundo interlocutor.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Desde 2017, a Corte regulamentou que a estrutura dos gabinetes conte com três juízes para auxiliarem um ministro, devido ao aumento na carga de trabalho, principalmente na área penal. Antes, eram previstos dois. Eles podem ser instrutores, aqueles que atuam nas ações criminais, ou auxiliares, que trabalham nos demais casos.

Moraes manterá a sua equipe com quatro juízes de apoio, sendo três auxiliares e um instrutor. O ministro é o único do STF a contar com autorização para ter quatro assistentes. Os demais são obrigados pela resolução mais recente a exercerem as suas atividades com o apoio de três magistrados. O único que permanece na equipe é Rafael Tamai Rocha, da Vara Criminal do TJSP. Veja quem deixou o cargo.

Airton Vieira

Airton Vieira era o principal aliado de Moraes no exercício de juiz instrutor em processos criminais. Ele auxiliava Moraes desde maio de 2018, pouco mais de um ano após o ministro tomar posse no STF. O magistrado ficou conhecido em agosto do ano passado, após reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrar que ele atuou como mediador de pedidos de Moraes ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na época, o ministro era presidente da Corte Eleitoral, e os pedidos de relatórios eram feitos para robustecerem decisões desfavoráveis a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje réu por tentativa de golpe de Estado.

Formado em Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde também deu aulas, Airton Vieira tomou posse como desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em 23 de setembro de 2021, ao lado de dois outros desembargadores. Na ocasião, Moraes o descreveu como "meu amigo há mais de 30 anos".

No cargo, o magistrado foi coautor de algumas decisões sigilosas no âmbito do inquérito das fake news que determinaram a derrubada de perfis e o fornecimento de seus dados cadastrais e conteúdo preservado ao STF.

Rogério Marrone de Castro Sampaio

Assessor de Moraes durante os últimos seis anos no Supremo, Rogério Marrone de Castro Sampaio se formou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), em 1990. Sampaio também atuou como juiz assessor na Corregedoria Geral da Justiça, entre 2000 e 2001.

Em junho de 2022, quando o TSE se preparava para a chegada de Moraes e Ricardo Lewandowski para assumirem os cargos de presidente e vice-presidente do tribunal eleitoral, Sampaio foi um dos oito integrantes da equipe de transição dos cargos.

Em novembro do ano passado, foi empossado desembargador no TJSP, com mais três magistrados. Na cerimônia solene, realizada mês passado, Moraes esteve presente e discursou enaltecendo os 33 anos de carreira de Sampaio. "Atingiu o reconhecimento de todos pela competência, trabalho e parceria com os colegas", disse o ministro.

André Salomon Tudisco

No cargo desde junho do ano passado, André Salomon Tudisco é juiz da Vara Empresarial do TJSP com passagem pela área cível. Atuou como juiz auxiliar nos casos dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de Janeiro.

Estadão
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