Professor elabora prova de ensino médio com afirmações que ligam Nikolas Ferreira ao PCC
Uma prova aplicada a alunos do ensino médio provocou reação de pais após conter afirmações polêmicas envolvendo o deputado federal Nikolas Ferreira.
Em Uberlândia, Minas Gerais, uma prova aplicada a alunos do ensino médio provocou reação de pais após conter afirmações polêmicas envolvendo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O caso ocorreu no dia 17 de setembro de 2025 e gerou uma sindicância contra o professor responsável pela elaboração do material.
Segundo relatos, uma das questões apresentadas aos estudantes dizia que "o deputado federal Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, ajudou o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Não há exagero nessa afirmação. Trata-se de um fato".
Em outra questão, havia a afirmação de que "o bolsonarismo, através do seu menino de recados Nikolas, deu alguns meses para o crime organizado 'faturar' sem ser fiscalizado pelas autoridades brasileiras".
Após terem acesso ao conteúdo da prova, pais de alunos denunciaram o episódio às autoridades escolares e à direção da instituição, questionando a legalidade e a imparcialidade das afirmações feitas.
O Portal de Prefeitura decidiu não divulgar o nome da escola e nem o nome do professor responsável pelo conteúdo elaborado.
PCC
O PCC é considerado a maior facção criminosa do Brasil, com origem no sistema prisional paulista no início da década de 1990. Fundado em 1993, no presídio de Taubaté, o grupo surgiu com o discurso de lutar contra a opressão do Estado e buscar melhores condições para detentos, mas rapidamente evoluiu para uma organização altamente estruturada e voltada para atividades ilícitas.
O PCC construiu sua força dentro das cadeias, adotando uma rígida hierarquia interna e um código disciplinar que se estendeu também para fora dos presídios. A facção expandiu sua influência em quase todos os estados brasileiros e em países vizinhos, especialmente na fronteira com Paraguai e Bolívia, rotas estratégicas para o tráfico internacional de drogas e armas.
Atualmente, é apontada como responsável por grande parte da movimentação de cocaína no país, além de praticar extorsões, roubos, assassinatos e controlar pontos de venda de drogas. Com uma comunicação eficiente e descentralizada, o grupo conseguiu se manter ativo mesmo após a prisão de seus principais líderes.