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Política

Presidente da Conafer é preso por falso testemunho na CPMI do INSS

Essa foi a segunda prisão da comissão, mas Carlos Roberto Lopes pagou fiança e foi liberado

30 set 2025 - 07h43
(atualizado às 10h54)
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Resumo
Presidente da Conafer, Carlos Roberto Lopes, foi preso por falso testemunho na CPMI do INSS, mas pagou fiança e foi liberado; é acusado de ocultar informações e de envolvimento em fraudes com descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
Suspeito de operar fraude no INSS é preso em flagrante por falso testemunho na CPMI:

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS prendeu, na madrugada desta terça-feira, 30, o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes. Ele foi acusado de falso testemunho.

Após uma sessão que durou nove horas, o depoimento de Lopes levantou questionamentos e foi decretada sua prisão --a segunda da CPMI. Na última semana, o ex-diretor financeiro de empresas do “Careca do INSS”, Rubens Oliveira, também foi preso.

O pedido de prisão foi feito pelo presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), após os membros pedirem cinco vezes a prisão do presidente da Conafer. Segundo Viana, “ficou constatado que o decorrente omitiu informações deliberadamente, entrou em contradição em várias delas e, ao ser questionado novamente pelo relator e por membros desta comissão, manteve as afirmações”.

Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS para tomar depoimentos do Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer)
Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS para tomar depoimentos do Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer)
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Lopes foi acusado de mentir durante o depoimento, tendo sido convocado como testemunha, e não apresentou um habeas corpus preventivo que pudesse protegê-lo de falar à comissão, ou de ser detido.

Ele negou envolvimento em fraudes nos descontos de aposentados, mas afirmou desconhecer detalhes de operações de pessoas e empresas ligadas à entidade, investigadas por irregularidades.

Viana disse que Lopes ocultou informações e tentou convencer o colegiado de que a operação era regular, o que configurou o crime de falsidade ideológica. As contradições, portanto, indicaram mentira deliberada e ocultação de informações com o objetivo de prejudicar as investigações, segundo a fala final do senador.

Durante a madrugada desta terça-feira, Lopes pagou fiança e foi liberado. O valor não foi divulgado. Ele é apontado pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL), como um dos articuladores da fraude que desviou recursos de aposentados e pensionistas.

Conafer

A Conafer é a segunda entidade associativa com mais descontos nas mensalidades dos aposentados. A investigação da Polícia Federal aponta que esses descontos eram ilegais por não terem autorização dos pensionistas, por isso a Conafer entrou na mira das apurações.

Em um intervalo de seis anos, entre 2019 e 2024, a Conafer registrou um crescimento de mais de 790 vezes nos descontos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O valor acumulado no período atingiu R$ 688 milhões.

De origem indígena, o presidente da confederação, Carlos Roberto Lopes, também é sócio de uma empresa de melhoramento genético de gado e proprietário de um quiosque que vende artesanato indígena no Aeroporto de Brasília.

Fonte: Portal Terra
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