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Política

PF indicia ex-assessor do TSE que vazou mensagens de Moraes

Indiciamento ocorre por violação de sigilo funcional com dano à administração pública

2 abr 2025 - 15h35
(atualizado às 15h47)
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O perito computacional Eduardo Tagliaferro ao lado do ministro Alexandre de Moraes.
O perito computacional Eduardo Tagliaferro ao lado do ministro Alexandre de Moraes.
Foto: @eduatagliaferro no Instagram / Estadão

A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira, 2, o ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, por violação de sigilo funcional com dano à administração pública. 

O indiciamento conclui a investigação sobre o vazamento de conversas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com auxiliares do TSE e do STF. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se denuncia Tagliaferro. 

Segundo a Polícia Federal (PF), Tagliaferro violou o sigilo de maneira consciente e voluntária enquanto fazia parte da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, aponta relatório divulgado pelo Conexão GloboNews

Durante a investigação, a Polícia Federal reuniu documentos, depoimentos e dados da quebra de sigilo telemático. A corporação afirma que Tagliaferro contou à esposa, em abril de 2024, ter repassado informações a um jornalista da Folha de S.Paulo

Para os investigadores, isso demonstra que ele transmitiu dados sigilosos obtidos pelo exercício de seu cargo na assessoria especial. O relatório da PF divulgado pela GloboNews aponta também que a intenção era prejudicar a imagem de Moraes, além de questionar sua imparcialidade e dificultar investigações sobre organizações criminosas. Para a corporação, o caso se relaciona a um contexto de tentativas de desestabilização institucional. 

As mensagens publicadas pela Folha cobrem o período de agosto de 2022 a maio de 2023, quando Moraes era presidente do TSE. As conversas são entre Tagliaferro e o juiz instrutor Airton Vieira, do gabinete de Moraes no STF. 

Moraes associou o vazamento das mensagens a uma ação estruturada para enfraquecer instituições brasileiras, especialmente o STF, e para derrubar o Estado Democrático de Direito. Essa avaliação foi registrada em uma decisão de agosto de 2024, na qual Moraes determinou à PF a abertura de um inquérito sobre a divulgação dos diálogos e escreveu que o caso é mais um indício do funcionamento de uma possível organização criminosa que atenta contra a democracia.

Para ele, essa rede virtual de apoiadores atua sistematicamente para criar ou compartilhar mensagens que buscam enfraquecer as instituições e promover um ambiente favorável à ruptura democrática. 

O ministro vê relação direta do caso com o Inquérito das Fake News, uma das investigações mais polêmicas conduzidas pelo STF. 

Para Moraes, essa organização criminosa age ostensivamente contra o Judiciário e o Supremo Tribunal Federal, buscando a cassação de ministros e até o fechamento da Corte. Em sua decisão da semana passada, ele afirmou que o grupo pretende restaurar a ditadura e afastar a ordem constitucional vigente no Brasil.

Fonte: Redação Terra
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